United Enólogos Chilenos. Projeto meio secreto, meio consagrado, esse é o Winemakers Secret Barrels e seu blend não revelado, a não ser pelas internas reveladoras de um carmenère patriótico, mas combinado com otras cosita más. Intenso mas não muito extraído; são barrels novos mas sem madeiras decadentes, sem o queimado da pólvora de garrucha; [ Leia mais… ]
Velhíssima guarda do Almaviva, inicialmente como braço da Baron Philippe de Rothschild, depois como as duas pernas de um Bordeaux das cordilheiras. Evoluiu galantemente, com todas as competências – e bons clones do cabernet sauvignon. Quem tiver algum desses na adega, abra. Não tem mais no Brasil, portanto, se não abrir, durma com ele, [ Leia mais… ]
Tudo o que um vinho não pode é ser avesso à uva. Ainda mais se a uva é conhecida exatamente como “avesso”. Mais uma surpresa do reino dos vinhos verdes, com leveza, simplicidade, aroma e uma acidez esplêndida para abrir o apetite e fechar a refeição. E vem até com trocadilho junto, em um ápice [ Leia mais… ]
Pequeno aroma de história. Mike Grgich, ainda vivo (muito vivo), e seu fumé blanc – sauvignon blanc feito à moda dos Pouilly-Fumés, do Loire, consistente mas elegante, vibrante mas fino, frutoso mas charmoso. E, com tudo isso, fresco e refinado. É um twist no tempo: o presente (sentido gift) do pretérito. Ele, que foi [ Leia mais… ]
Halloween cervejeiro que se preze tem que ter saci… Ou Sa’si, se formos no original em tupi, para denominar essa stout interessante, própria para quem quer vestir seu copo de preto nas brincadeiras antes do Dia dos Mortos. Malandra como o personagem, tem cara de parruda, mas é leve no álcool (4,6%) e mantém [ Leia mais… ]
Grandes raças em pequenos cachos. Essa uva aí, raríssima, é a “brun fourca”, que, em provençal, significa garfo moreno. Quase desaparecida, é uma das integrantes do jardim da Abbeye de la Celle, uma instituição voltada ao vinho rosé que faz exatamente isso, recuperar o garbo de antigas castas, como fariam ao ressuscitar, como bruxos, o [ Leia mais… ]
“This jam is not only nutritious, I say yo!, it can be to the groovers, delicious”. Antes da ordem “let’s get cracking”, a sentença: Jam Session é seca, aroma adorável, fresca como uma session antes da jam e o seu morango aromático, nada invasivo. Rosas no nariz, amargor de boa cepa, que refresca mas não [ Leia mais… ]
Amargor e frescor, flores do campo e uma manga muito leve no nariz. Essas são as características do lúpulo pacific gem, desenvolvido na Nova Zelândia em 1989 e trazida agora em uma cerveja varietal, pela americana Green Flash. Em destaque, um aroma inesperado para um lúpulo de perfil americano: a fruta vermelha. A pacific [ Leia mais… ]
Comparar bebidas cujo paladar, refinamento e requinte eu não domino, com as notas técnicas e os descritores aromáticos de degustações de vinhos ou cervejas é meu recurso didático para experimentar bebidas que merecem a experiência. O resultado está nesse aí, o Oze No Yukidoke Ayama Koshu, descrito como 尾瀬 の 雪どけ アヤマ 古酒, que, a [ Leia mais… ]
Depois da manga no nariz, temos o frescor total no boca, com cítricos do limão – o siciliano da receita – e o amargor da própria manga, mas a verde, uma das características do lúpulo japonês sorachi.O formato lata foi opção do pessoal da Perro Libre, para manter o toque sour dos lactobacilos que integraram o processo, [ Leia mais… ]
Equilíbrio intencional entre amargores e dulçores. Desequilíbrio idem entre as ideias de lager e indian pale e as de session beers com estilo alemão. São as idas e voltas dessa cerveja que pretende combinar (não confundir com misturar) de um tudo para uma boca fina e um final agradável. Tem corpo mas mostra também [ Leia mais… ]
Essa noite de 20 de junho, passamos pelo solstício de inverno, a mais longa noite do ano. É data celebrada na Europa, em dezembro, e já conhecida pelos romanos como o renascimento do sol invencível – Solis Natalis Invictus, no original, e sim, origem da palavra Natal, a data. Aqui, poucos deram bola. Mas [ Leia mais… ]
Em tradução livre, o rótulo significa “o canto dos malucos”. Esse é o espírito de Pedro Parra, que passou a explorar áreas e terroirs inesperados – altitudes (e atitudes!) mais elevadas, latitudes mais baixas, exposição aos ventos do litoral – para rejuvenescer o vinho chileno, em atitude que batizou de “locuras”. E Locuras é [ Leia mais… ]
Quando a cerveja não dá certo, pode virar algo ainda mais do que certo… Fala, Fabinho, mestre e professor em cervejas da Universidade Herr Pfeffer. Esprit d’Achouffe é um refinado eau de vie, similar ao grappa, destilada a partir de cinco anos de idade cerveja. É um Destilado de cerveja pronta, o rendimento aproximado [ Leia mais… ]
Trois Mousquetaires Doppelbock é uma cervejona canadense, de Québec, uma micro-cervejaria daquelas eleitas, com a mesma justiça que temos, hoje, com uma Mikkeller ou uma DogFish Head. Pesquisam, experimentam, fazem várias, portanto. A experiência acima é pura classe da cerveja belga de abadia: cheia, compotuda, de boca volumosa, generosa, densa para uma cerveja própria para [ Leia mais… ]
Da série cereais matinais: Blumenau e a contribuição catarinense para o equilíbrio das cervejas do estilo IPA. Sob essa roupa dourada, a boca estala de frescor, de perfume de manga e daquele amarguinho que nos faz avançar no primeiro pato com repolho roxo que as rotas catarinenses me fizerem encontrar. Mas como não encontrei repolho [ Leia mais… ]
Os produtores de uísques, conhaques, vinhos e até de cachaças costumam chegar ao Brasil e promover seus eventos com apresentação exigindo passeio completo e o anúncio com as devidas pompas e circunstâncias. Merecidas, até, muitas vezes. Mas com a cerveja, parece que a história muda de guarda-roupa. Que o diga o escocês Jamie Watt, [ Leia mais… ]
Zelândia, sempre Nova. E inova o sauvignon blanc e o pinot noir, o syrah e o gewurztraminer. E lembrando a camiseta que eu cobiço até hoje, parodiando o Pink Floyd: Momentary lapse of riesling. Não há lista de grandes vinhos no Novo Mundo à base de pinot noir ou sauvignon blanc que não inclua um [ Leia mais… ]
Depois do gim espanhol, do peruano e até do alemão, que citamos acima, quem diria, um dos exemplares mais badalados da bebida inglesa não vem dos arredores de Londres, mas de um inesperado Faubourg Saint-Denis. Isso mesmo, em pleno coração boêmio da capital francesa está a Distillerie de Paris, uma pequena destilaria, criado por crowdfunding, [ Leia mais… ]
Para quem for a Roma, fica a dica para a saideira. No terminal internacional do aeroporto de Fiumicino, há um pequeno oásis contemporâneo para a despedida dos aromas e dos paladares da região. É o Spazio Bolliccini, um meio termo entre wine bar e restaurante, mantido pela Ferrari, não a dos carros, mas a dos [ Leia mais… ]
“O vinho é a poesia da terra”, dizem os versos de uma antiga trova siciliana. A ternura das palavras reflete o amor com que aquele país (as regiões italianas denominam-se paese) dedica aos seus vinhedos e às suas regiões, que, conta a história, cultivaram as primeiras uvas de qualidade que viriam, no futuro, a se [ Leia mais… ]
A cena aconteceu há cinco anos. E lembrava o cenário desconfiado dos antigos filmes de gângsteres, da época da lei seca americana, no melhor estilo da série Boardwalk Empire: dois homens com sacolas grandes e disformes entrando no restaurante, olhos alertas, suspeitando do risco em cada canto. Uma mulher, o contato, os acompanhava, um repórter [ Leia mais… ]
É a quintessência das IPAs, com algum corpo, amargor elegante, frutas presentes mas sem exuberâncias ou exageros. O maracujá é só um traço. Há um quê de cítrico e uma acidez que só se encontram em frutas tropicais como a carambola e algo mais que o lúpulo simcoe possa nosa trazer – e que nos [ Leia mais… ]
Da belga, venerável, respeitadíssima Rodenbach, quem diria, o melhor refrigerante do mundo. Fresco, alegre, vibrante, com acidez contida, em parte pelos barris em que a cerveja matura. Do ícone da cerveja sour, uma lambic refrescante com framboesas, amoras, cranberries. Tem o corpo finíssimo e o aroma das frutas não lembra o de bala, como [ Leia mais… ]
Rótulo novo, sabor antigo, equilíbrio eterno e densidade encantadora na fórmula de Leonardo Botto para a cervejaria de Niterói. Aquilo que já confessei na coluna como sendo a melhor cerveja brasileira começa com o nariz, que vende o malte e os lúpulos (summit e galaxy). E prossegue com maciez, mas com consistência; com amargor mas [ Leia mais… ]
Os cafés especiais estão em alta. As cervejas artesanais estão ainda mais em alta. E se Star Wars sempre esteve na altura máxima das estrelas, basta fazer as pazes entre todos eles: a união faz o lado negro da força, com o lançamento da série Java the Hop, da cervejaria Fort George, no Oregon, [ Leia mais… ]
Melhorzinha das três cervejas da marca. Todas leves, talvez um pouco demais. Ficou devendo um quê de personalidade, de sabor, de densidade, de identidade. Já soube que teriam um salto de qualidade por conta de uma mudança de mãos e renovações de maquinário. E, ok, sabemos que as helles são leves por definição. Mas sabor, [ Leia mais… ]
Da série “cereais matinais”, que mantenho no Instagram, essa é uma uma cerveja daquelas de rachar a sede e fechar o olho de prazer. Tem acidez, paladar e uma coleção de aromas de frutas várias que devemos a essa conexão California-Nova Zelandia, que foi apresentada em evento no Delirium Café. Green Flash Green Bullet [ Leia mais… ]
Para o Halloween que se aproxima, a criatividade dos rótulos de certos vinhos vai contribuir com a escolha do jantar da festa e manter o estilo dos requerimentos assustadores da data. Um deles é o Subterra, rótulo da americana Treefort Vinyards, de Napa Valley. Nesse rótulo, o do cabernet sauvignon da vinícola, mais do [ Leia mais… ]
Tem título que não é para todos. Um deles, um dos mais severos da França, é o Brevet Professionel de l’État de Sommellerie. E apenas uma brasileira o detém: Marina Giuberti, dona da Divvino, uma simpática parada para os brasileiros amantes dos vinhos. Localizada no 11ème Arrondissement, no Boulevard Voltaire, a loja recebe degustações [ Leia mais… ]