Seco mas refrescante, elegante mas intenso, aromático de rosas e cerejas, coerentes com a bela cor que lembra um chá de cascas de cebolas. Esse é o Gallardía del Itata, um dos campeões do Annual Wines of Chile Awards, na categoria “rosé”. O teor médio de álcool (13,5°) contribui com o paladar do vinho, um [ Leia mais… ]
Coluna de estréia de LETRAS GARRAFAIS, no caderno Rio Show, de O Globo, que reproduzo aqui a pedidos, para os amigos e leitores de outras cidades, especialmente as do Sul e de São Paulo. ATENÇÃO PARA OS PREÇOS, que são os da época da publicação da coluna. “Ah, mas esse negócio de degustação é [ Leia mais… ]
Às vezes, o motivo da comemoração está na mesma mão do brinde e ninguém percebe. No caso da Barnaut, um champanhe leve mas com estrutura, próprio para celebrações, comemos mosca. No ano passado, eles comemoraram 140 anos de existência. Para saber um pouco mais desse rótulo, fui ao único dos compêndios que deu alguma bola [ Leia mais… ]
Matéria publicada na edição de 27 de dezembro de 2014 no Caderno ELA, de O Globo “O marsala é um vinho que enriquece nossa mente, nosso corpo, nossa alma, exalando consistência e equilíbrio, com seus tons e suas notas que nos envolvem como em um abraço quente”. Essa pensata não é de nenhum sommelier, [ Leia mais… ]
Vinho do dia, vinho de qualquer dia: Gravner Anfora. Sim, sem acento circunflexo. E, sim, feito em ânforas, à antiga, natural, com uvas ribolla – ou rebula, em solo de terras que o realismo e o imagineário não vêm mais a diferença entre o que são terras italianas ou eslovenas. É lá que Josko Gravner [ Leia mais… ]
Já não tenho paciência para a pensata sobre um vinho que é bom para os cariocas porque é perfeito para a beira da piscina. Como assim? Não há tantas piscinas assim que difundam um gosto por uma bebida específica para as suas margens, fora cervejas baratas, mergulhadas naqueles abomináveis geleiros da Budweiser. Ou uma caipirinha. [ Leia mais… ]
Fica um pouco dificil pesquisar expressões sobre vinhos quando o próprio dicionário da Academia Francesa os ignora oficialmente nos seus verbetes. O Larousse ainda os registra, mas sem a profundidade que merece uma chenin blanc, descrita apenas como uma cepa do Loire que dá origem aos vinhos de Vouvray. Não se lembram nem de dizer [ Leia mais… ]
Esse é o tipo de post que deveria entrar ou na época do Halloween. Ou dias antes do 14 de julho, data que a França ainda festeja, aom alegria inocente e desinformada, um dos maiores tropeços de sua história: a Révolution, que deu errado – não só a monarquia voltou como instaurou-se um império -, [ Leia mais… ]
Em meio às veneráveis cervejas de abadia que dominam o imaginário cervejeiro, é coisa rara pensar em uma cerveja belga fresca. Mais ainda em estilo witbier, a cerveja de trigo que faz a alegria do sul da Alemanha. Mas a Vedett é uma delas. Tem o frescor do seu estilo e nucances de aromas cítricos. [ Leia mais… ]
Não me pareceu claro o que querem dizer com o tal “casamento perfeito”, do rótulo Mariage Parfait. Pode ser pela percepção de que os três anos de envelhecimento dessa cerveja gueuze, da cidade de Lembeek, sirva como um “timing” perfeito para um noivado. Mas pode ser também a relação entre os tipos de cervejas que [ Leia mais… ]
Elegância e equilíbrio. Tem um nariz quente, suave no frutão vermelho, uma boca intensa mas aveludada, como convém a um barolo nobre, com sua relação de vizinhança com o pinot noir. Pintam terras, trufas e outras delicadezas que as vinhas de 55 anos nos retornam do terreno rústico, fechado, pedregoso, de pouca areia. Talvez venha [ Leia mais… ]
Quando alguém te disser que um espumante pode nos deixar alto, pode ser que ele esteja levando a expressão ao pé da letra. Em altitudes como os mil metros de altitude, por exemplo, no momento em que se degusta um copo de Benoit Daridan, um “méthode traditionnelle” do vinhedo que sobrevávamos naquele momento, de balão, [ Leia mais… ]
Louis XIII: no conhaque dos reis, o rei no conhaque Matéria publicada no Caderno ELA, de O Globo Os especialistas sempre discutirão o ranking dos melhores conhaques do mundo. Mas há consenso em torno do mais nobre: o Louis XIII, da Rémy Martin. São dois séculos de profundidade de cor, de vigor de aroma [ Leia mais… ]
Seco mas cheio, quente e refrescante, tudo ao mesmo tempo, com direito às frutinhas do syrah e uma cor fechada, que traduziria mais um clarete do que o rosé que pretende ser. É como o querubim do rótulo: gordinho, doidão, caliente e cheio de graça. Montes Cherub Rosé de Syrah da seleção de Cecília Aldaz, [ Leia mais… ]
Qual o resultado da união de dois terroirs diferentes? Complicado, sobretudo pelo desafio a uma lei: uva não deve viajar – quem planta e engarrafa na própria vinícola, se gaba disso e deixa claro no rótulo. Mas vejamos o que tivemos para o dia: um vinho longo e cheio, mas refrescante, estruturado, com uma textura [ Leia mais… ]
É assim mesmo, com jota, mas a pronúncia é mesmo Rossi, como em Gaja, Angelo Gaja, essa figuraça, que a gente acha que vem apresentar os vinhos, mas quer mesmo é bater um belo papo com o copo na mão. Nessa conversa, faz um palestrão sobre a região, as tradições da área do Langhe, dos [ Leia mais… ]
Quem me apresentou foi o Tom Lima, gerentão do Delirium Café. E acompanhou bem o hambúrguer da casa. Essa aí é uma joint venture entre a belga St. Feuillen e a californiana Green Flash, uma, cada vez mais venerável e, de todas as santas da região de Wallon, é a que mais se moderniza; a [ Leia mais… ]
Alegre, brilhante, esfuziante (justifico o entusiasmo mais abaixo). Esse é o resultado do uso da ancellotta, uma uva que os italianos trouxeram no início do século 19 e, lá, usam para fazer o lambrusco. Mas o espumante de lá torna-se o tinto daqui, um dos varietais da Dal Pizzol. Bela qualidade, com uma cor linda [ Leia mais… ]
Nerello mascalese e nerello cappuccio são uvas da aventura extrema de um vinhedo e da ousadia máxima de um produtor. Os vinhedos dessa casta serão os primeiros atingidos pelas próximas lavas do Etna. Sim, a leitura é correta – não são levas, são lavas mesmo, as quentes, as que tingem a terra de um negro [ Leia mais… ]
Argiolas não é mais um ícone da Sardenha. Mas de toda a Itália. Nos brancos, com o fresco e mineral vermentino como nos tintos, com essa uva pouco badalada, arqueológica, rara e, por tudo isso entrando da moda dos fashionistas dos vinhos. É denso, de consistência frime mas não agressiva. E com um toque seco, [ Leia mais… ]
Provado às cegas, sem olhar o rótulo, não resta dúvidas: é um Borgonha finíssimo, um Meursault, talvez. Certo? Errado. Trata-se de um chardonnay da região de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Que me apresentou foi o gourmet Paco Torras, titular do melhor e mais bem escrito blog do hemisfério, o Bistrô Carioca, em [ Leia mais… ]
Ano que vem a Domaine Faively completa 190 anos cobrindo todas as áreas nobres da Borgonha, a grande maioria em propriedades próprias, mais de 80 por cento deles, de tintos festejadíssimos. Mas os brancos também têm suas relevâncias, com rótulos de denominações como Bâtard-Montrachet, Meursault, Corton-Charlemagne, Puligny-Montrachet e muito Mercurey. E há também o [ Leia mais… ]
Pouco conhecida, recentemente badalada, a uva encruzado é uma das novas modas no panorama vinícola de Portugal. Do Dão, mais exatamente, onde essa casta branca cresce com mais graça, tanto no solo quanto no copo. É uma uva curiosa, instigante, que pode trazer rótulos que combinam itens que podem ser quase concorrentes em uma degustação, [ Leia mais… ]
Um breve olhar sobre o universo de sabores que só os vinhos e suas uvas podem fornecer aos limites do paladar do Homo vinicus Pedro Mello e Souza Preste atenção nas fotografias daqueles que gostam de vinhos: ou o personagem está simulando um brinde ou fingindo que está provando. Mas se a foto [ Leia mais… ]
As polêmicas em torno das preferências pessoais dos chefes de estado chegaram mesmo às conversas de bar. E o pessoal da cervejaria BrewDog levou a coisa a sério e leva à mesa de discussões o “Hello, my name is Vladimir”, um rótulo que debocha das legislações recentes encaminhadas pelo presidente Putin. [ Leia mais… ]
Para muitos, é o vinho rosé do momento. E romântico por vários motivos: é elegantíssimo na boca, harmoniza bem com pratos leves, como o salmão defumado; é produzido no lindíssimo Lago di Garda; e tem rosa até no nome. Mas por trás de todo esse arroubo romântico tem um trabalho sério de uma das poucas [ Leia mais… ]
No mais belo dos brindes, a conta perfeita de tão inexata: de 99, só falta um para one thousand. Gracias, chardonnay; merci viognier. Após essa pequena mas direcionada declaração, passo à observação: impressionante a elegância e o aveludado que a uva viognier confere aos vinhos, em qualquer hemisfério em que esteja, em qualquer corte que [ Leia mais… ]
Sim, senhor: vinho croata. Sem surpresas e cara alegre. Afinal, o mapa da Croácia está na passagem dos vinhos gregos na rota da Itália. E isso é uma história que está em qualquer copo. Além disso, a qualidade dos vinhos eslovenos, na vizinhança imediata, mostra a mesma passagem, mas em sentido contrário, na rota inversa [ Leia mais… ]
São 20 quilômetros de Évora, a Comenda Grande tem um savoir faire que vem de 1880. Interromperam por um tempo e a terra viu crescer a cortiça, o olival, os rebanhos de ovelhas, da raça merina e do borrego alentejano. Voltaram em 2000 e começaram com uma área pequena: 30 hectares contra os 750 da [ Leia mais… ]