Por aqui, é raro conseguir uma cerveja fora dos circuitões – trapistas belgas, ales inglesas, IPAs americanas – pois taxas e fretes altos impedem pesquisas mais ousadas. Mas o brasileiro dá o seu jeito e coisas diferentes aparecem por aqui. Essa, uma cerveja safrada, da Cornualha, extremo sudoeste da ilha, inglês de certo, mas [ Leia mais… ]
Para a comunidade que colhe os cereais da área de Speyside, nas Highlands escocesas, a expressão “ombro de macaco” refere-se ao deslocamento que os trabalhadores sofrem quando levantam, de mau jeito, um dos fardos que se destinam às destilarias. Em homenagem à bravura de cada um deles – calma, todos foram devidamente assistidos – [ Leia mais… ]
O nome é curioso. E ficaria nisso, apenas, se não fosse a coragem de produtores como os da Quinta da Herdade, que passaram a explorar o potencial desta uva, o avesso, que, apesar de pouco conhecida por aqui, é uma das castas recomendadas para a região dos vinhos verdes. Mas a acidez e a fruta [ Leia mais… ]
Cuidado com o sol da primavera de Teresópolis. E não me refiro à força ofuscante do meio dia e à queimadura de grau e meio no incauto sem protetor solar sob o céu lavado, de azul irritante. Me refiro ao brilho e ao frescor do chope de primavera da St. Gallen, de notas tão delicadas [ Leia mais… ]
A maioria dos autores coloca as uvas alvarinho, a portuguesa do Minho, e a albariño, e espanhola da Galícia, dentro da mesma definição. Mas, na garrafa, a história é outra, como nos conta a prova do Albariño de Fefiñanes, da área de Rías Baixas, localizada logo acima da fronteira com os vinhedos de seu similar [ Leia mais… ]
Ano que vem, a Cantinetta Antinori de Zurique completa 20 anos. Uma criança, se compararmos com a crônica de sua grife de vinhedos centenários e de rótulos controversos e revolucionários. Ali, na Augustinergasse, tudo discreto: da fachada de sobriedade luterana às mesinhas do lado de fora, apesar de um mês de maio que ainda [ Leia mais… ]
É meio ridículo, oquei, mas não custa mais uma tentativa de se livrar do pesadelo de se guardar o vinho para o dia seguinte. Desta vez, a solução é bem humorada e de uma criatividade irritante: um balão de plástico que é introduzido pelo gargalo e que se enche com um uma bomba manual, em [ Leia mais… ]
Quem conhece Paulo Nicolay sabe de suas vidas duplas. Uma delas, a do engenheiro que se transformou em um dos mais importes críticos de vinhos do país. A outra é a sua relação com o Uruguai, onde foi casado e tem um filho. Dois, aliás, se contarmos com o Honesto, rótulo que, como consultor, [ Leia mais… ]
Sim, branco. O enredo é simples: território de meia montanha, sem colinas, com vinhas até 700 metros de altitude, com plena mas delicada exposição solar no maior vinhedo da Toscana. Esse é o resumo da ópera Castello di Pomino, que a Marchesi Frescobaldi, através de um dos descendentes da família, Stefano Benini, trouxe para apresentar [ Leia mais… ]
Atenção aos fãs da Água das Pedras: a concorrência mora ao lado. Alguns quilômetros acima das fontes salgadas, para ser mais exato, quando chega-se à região de Vidago, que batiza uma das mais novas águas minerais portuguesas. Levíssima, natural para valer, a água tem gás natural – não a carbonatação artificial das águas de grife. [ Leia mais… ]
Surpresa de uma cerveja que começa boba e termina com sabor instigante, consistência adorável e desafio para quem tentar harmonizar. Azeitona, no extremo do amargo da conserva, ou o caldo de feijão, pela untosidade, fariam um bom par com essa bela cerveja. A pesquisar o efeito do agente causador de uma certa emanação de poeira [ Leia mais… ]
Dinâmicos e biodinâmicos. Coisa moderna para a fama tradicional que precede os vinhos da Dr. Bürklin-Wolf e seus rieslings do Jardim dos Jesuítas (Jesuitengarten). É a maior propriedade da região do Palatinato – ou Pfalz, como prevê o rótulo. A insígnia é reminiscente dos primórdios da casa, em idos de 1597, época em que o [ Leia mais… ]
Há calor na estrutura de sua uva, a chardonnay, há conforto no calor mineral que as pedras quentes do verão da região transmitem ao vinho, há aconchego das notas de peras cozidas. Este é um rótulo que pode ser considerado quente, não importa a temperatura, graças à estrutura que esse vinho traz da Borgonha, mais [ Leia mais… ]
As boas brincadeiras em torno da uva sauvignon blanc giram em torno da descoberta de rótulos que não lembrem aquilo que se tornou comum no cone sul: a semelhança de alguns desses vinhos com um copo de suco de maracujá Maguary. Se a França tem honrosa vantagem (e obrigação) nessa luta, a Nova Zelândia [ Leia mais… ]
Como toda idéia simples, genial. Em vez do licor de cassis, uma dose de ginja. Com direito a uma das frutinhas – diz-se “com elas”. E aí está a contribuição alentejana para o até então cafonérrimo kir royal. Foto ruim em um lugar ótimo, o The Decadente, bar da moda em Lisboa. Comidinhas, bebidinhas, badalação, [ Leia mais… ]
Enquanto as autoridades dos vinhos sul-africanos concentram seus esforços em São Paulo, o Rio de Janeiro faz as suas próprias descobertas, especialmente em Ipanema. Uma delas é a versão 2008 da Meerlust, com seu Chardonnay 2008, da região de Stellenbosch. Denso na cor e no paladar, é um vinho gastronômico, que pode acompanhar de peixes [ Leia mais… ]
Dia desses, resolvi desmembrar uma antiga matéria sobre cervejas artesanais em posts isolados. Germanicamente, seguindo minha reinheitsgebot editorial, comecei pela primeira: a abadia, que está logo abaixo. Mas com as mudanças que promovo cada vez que abro essa página, achei mais divertido fazer em grupo – e evoluí-lo, com um pouco do meu lúpulo amargo. [ Leia mais… ]
O amontillado da foto acima é um dos rótulos que Bodega Rey Fernando de Castilla apresentou recentemente. Chegou com seu arsenal de mel, especiarias e frutas secas, para confrontar uma paleta de cordeira duplamente macia, durante a apresentação no Entretapas, em Botafogo. O “plus que parfait” de chocolate teve problemas para superar o último vinho, [ Leia mais… ]
Resposta ao título? Depende. abbeye, se for francês, abdij se for flamengo. Para nós, abadias, mais do que uma classificação venerável, uma grife de (grandes) cervejas belgas ou, em alguns poucos casos, francesas ou holandesas, produzidas pelos monges, trapistas ou não, sempre no rastro da tradição de antigos alvarás e forais que permitiam que as paróquias [ Leia mais… ]
A primeira experiência foi em Noto, fechando um almoço com a marca do gênio (simples, portanto) do mestre confeiteiro Corrado Assenza. Seis meses depois, descubro na adega do Esplanada Grill. Passo longo, não na distância, mas no paladar, um passito. E de Pantelleria, no caso, o Bukkuram de Marco de Bartoli, que, pela evolução dos [ Leia mais… ]
Hoje tem Grand Tasting. Não é apenas um dos conhecidos road shows que as importadoras promovem com os produtores. É a seqüência de um trabalho que a marca mantém em agenda o ano todo, que inclui jantares harmonizados e interessantes provas cegas ou com conteúdos históricos. à frente, o sommeliel Michel Couto. Hoje, quarta-feira, 22 [ Leia mais… ]
Manto castanho escuro, de boa carbonatação, que mantém a espuma cobrindo a cerveja, senão muito espessa. Nariz lácteo, maltado, achocolatado, que se repete na boca com o amargor que evolui para um chocolate fino. A acidez se inicia na ponta da língua e traz uva preta, carambola e, depois, geléia de fruta preta e [ Leia mais… ]
Jean Marc Lacave Na taça de cada champanhe, o sabor do marketing antes do marketing A Veuve Clicquot é uma marca grandiosa. Merece um presidente igualmente grandioso. Na estatura, inclusive – ele é enorme – e, tanto quanto seu produto, não deixa de ser notado. Seu currículo é também gigantesco, com passagens [ Leia mais… ]
Dead Pony Club Se o pônei morreu, viva o Pony. E cria-se, assim, o Dead Pony Club, uma cerveja fresca, de manto laranja, espuma pouca e corpo fino, talvez magro demais, que só ganha algum peso com a temperatura. A cerveja é uma aposta de todas as fichas no conjunto de lúpulos simcoe, citra [ Leia mais… ]
Rico mas suave. Gentil mas com personalidade. E olha que a obrigação era dura: acompanhar uma carne de altíssimo nível. E foi surpreendente. A carne era de uma tenrura inacreditável e, tal como o vinho, com a gordura na medida. E com o mineral de um limpando o sal da outra. Não foi sorte. [ Leia mais… ]
Pode isso? O mundo inteiro já ouviu falar em “porn food”, com caldas lascivas de chocolates, gotas gordas de leite e gemas de ovos escorrendo por pratos e colheres. Mas será que chegou a hora do porn wine? A resposta está na linha de brunellos da atriz porô Savanna Samson. O negócio, sem trocadilhos, é [ Leia mais… ]
Os nove anos do Essência do Vinho, evento criado pelos portugueses Nuno Nuno Botelho e Nuno Guedes Vaz Pires, ganham comemoração com paladar de história: mais uma vez, Portugal descobre o Brasil. O desembarque acontece no Rio de Janeiro, nos próximos dias 2 e 3 de maio, na companhia de mais de uma centena [ Leia mais… ]
No dialeto siciliano, Lamùri é amor. E daqueles intensos, pelo paladar e pela estrutura desse vinho da linha da Tasca d’Almerita, um dos três que a marca produz a partir da uva tinta nero d’avola, ao mesmo tempo delicada e exuberante, na altitude da sede (duplo sentido) que Regaleali proporciona no interior da Sicilia. [ Leia mais… ]
“Wheat is the new hops”, diz o manifesto do rótulo de mais uma cerveja de quebrar o copo. Ervas (não tanto a grass) e muito grapefruit no primeiro ataque do nariz, efeito do ingrediente primordial da Mikkeller: o lúpulo (aí, sim, o hops). No caso, o 21st Century, responsável pelos aromas cítricos, adoráveis, mas [ Leia mais… ]
Dei essa nota em 2011, quando a vodca com bolhas começou a fazer sucesso lá fora. Era uma promessa de frescor e de elegância no consumo da bebida – e de um upgrade em seu já infindável potencial para o preparo de coquetéis. Assim, a Camitz espalhou-se por toda a face do mundo civilizado. Cumprida [ Leia mais… ]