Uma pena o chef belga Frédéric de Maeyer não se dedicar mais às especialidades da sua terra. Mas temos mais dois dias de “Gastronomia Sem Fronteiras”, no terraço do Fashion Mall, em São Conrado para degustar duas delas, a mitraillette e as moules et frites. No primeiro caso, um sanduíche com nome que pode parecer [ Leia mais… ]
Até pouco tempo, o pirarucu era uma vítima de seu próprio nome, alvo de rimas de gosto duvidoso barrando seu acesso ao olimpo das mesas mais refinadas, que o recebiam mais como curiosidade tropical do que por seu paladar internacional. Mas a coisa está mudando. Recentemente, os cuidados em torno deste gentil monstro amazônico, de [ Leia mais… ]
Lendo sobre a chegada das ostras para as terças-feiras de Botafogo, em bares e restaurantes como o Belisco, a Casa Polvo e, nas quartas, na Cave Nacional, me lembrei das rimas do escritor irlandês Jonathan Swift, o mesmo de “As viagens de Gulliver”, sobre essas iguarias. Mas um fato chamou a atenção até [ Leia mais… ]
Já que tivemos o 4th of July… Ham & eggs, o popular “ramanegue”, tal como era pronunciado no Bob’s, o antigo, o antigo, o original, o único, o extinto. Aqui, preparo em uma versão mais suave, sem fritura, com um presunto o tipo royale razoavelmente decente, com os ovos de 4 minutos, antes de passar [ Leia mais… ]
Hero breakfast. San marzanos com o mozzarella da Fazenda Santa Helena, em São Paulo: fresquíssima, “nutty”, suculenta. Pena eu não ter manjericão fresco, pois seria a caprese perfeita, inveja de qualquer capriota. Me virei com orégano, que a massa do queijo fez brilhar. Direto dos estúdios do Talheres Lounge, em foto no estilo “chiaroscuro”, [ Leia mais… ]
Tutano. O foie gras bovino, a manteiga de coração pulsante. Um carinho divino no altar do bom gosto. Seria esse segredo tão bem guardado no coração dos ossos, aqui em novos ofícios, uma das primeiras manifestações do homem gourmet? Os arqueólogos dizem que sim, que a gordura rica e deliciosa, gorda, como esta do Esplanada [ Leia mais… ]
Um autêntico “hero breakfast”? Entrevero, assim mesmo, sem a letra i da grafia formal. Mais do que um clássico catarinense, é o melhor prato à base de pinhão do mundo, com a combinação animada da nossa noz mais suculenta, linguiça, charque e toucinho, fogo alto, frigideira firme, para liberar cores e sabores. Bandeira catarinense injustiçada [ Leia mais… ]
Salicórnia, quem diria, que conheci nos anos 80 como enfeite e leito de ostras frescas e pasto dos cordeiros normandos e bretões dos rebanhos medievais, virou modinha. Há coisa de uns vinte anos, estava no “menu experience” que valeram ao Le Cinq a quinta estrela do Michelin. Meninos, eu vi. O crocante do tipo [ Leia mais… ]
Mais um espetáculo de carnes de hambúrguer e suas criações e misturas de fraldinhas do já inacreditável BBQ, ali na Antero de Quental, aqui para um dos palcos para shows particulares de brasas e carvões, no cheeseburguer do @clanbbq Sem qualquer firula, pão discreto e perfeito, valorizando a carne “mousseuse”, suculenta mas sem despedaçar o [ Leia mais… ]
Oeufs en meurette. Basicamente, um ovo pochê, dito “perfeito”, de gema elegante, servida com um molho à base de vinho tinto, temperos e croûtons de pão da casa. Mas por trás deste serviço simples há uma complexa história da gastronomia francesa, deste prato que já completou mais de 500 anos de trajetória. [ Leia mais… ]
Esse negócio de escrever muçarela porque é assim que os dicionários descrevem não me convence. Especialmente depois que Aurélio Buarque de Hollanda, citando um dos vários momentos de fraqueza xenofóbica do Saramago, grafou “cruassã”. Mas vamos ao Recreio, mais um episódio da série “pequenas iguarias, grandes espetáculos”. Na dúvida, vou no original, “mozzarella”, palavra [ Leia mais… ]
O alfabeto do porco Um compêndio que, de A a Z, extrai o que há de melhor nos cortes modernos e tradicionais da carne suína. O chef inglês Fergus Henderson não sai da moda há mais de uma década. Ele é um dos líderes do movimento de resgate das finezas das carnes de porco, sejas [ Leia mais… ]
E com a bênção monástica do pudim à Abade de Priscos. Pudim de, digamos, “leve” e “delicada” massa de açúcar derretido com canela, toucinho e cascas de limão, ao qual juntam-se gemas e vinho do porto. Depois de assado e desenformado, guarnecem-lhe nozes. A receita é atribuído ao padre Manoel Joaquim Machado Rebello, abade da [ Leia mais… ]
Quem diria, a melancia, gigantesca, quase inconveniente, mas de polpa fresca, de um vermelho irreproduzível, já era pop há mais de um século, muito antes que chefs como Carlo Cracco e Andoni Anduriz, do Mugaritz, trazerem seu frescor para os contrastes de suas degustações. Aqui, foram seguidos por Pedro de Artagão, Felipe Bronze [ Leia mais… ]
Primeira vez, em anos e anos, que vejo alguém escrever (e imprimir!!!) a palavra chope corretamente. E olha que eu já expliquei mais de uma vez o porquê dessa questão: nem no alemão, nem em lugar nenhum existe essa expressão. Fiquem bravinhos, se quiserem, mas saibam: “chopp” é o “menas” para o mundo cervejeiro. [ Leia mais… ]
Hero breakfast das segundas-feiras: queijo azeitão na colher, tal como concebido por um empresário de Setúbal, que mandou vir tudo o que era necessário para produzir a sua versão da distante Serra da Estrela, das ovelhas e do coalho aos queijeiros, (ditos roupeiros), suas famílias, instrumentais e outros quetais.Importação legitima de um pais chamado Setúbal, [ Leia mais… ]
Beer class com class beers. Para quem não sabe o que é crowler, vou tentar ser bem didático. É uma lata grande (essa aí, um litro), de parede um pouco mais espessa do que as latas comuns, que se enche na hora com o chope escolhido. O nome é uma brincadeira com o “c” de [ Leia mais… ]
Não procurem nos dicionários. Tiradito é paladar de grandes delicadezas mesmo sem maiores refinamentos. Não está entre os verbetes dos veneráveis compêndios da Real Academia Espanhola, que diz, porém, que “tirado” é coisa barata ou de fácil obtenção. Concordamos com eles, agora que os restaurantes peruanos proliferaram e, com eles, a fusão da cultura andina [ Leia mais… ]
A palavra acima é expressão que o gaélico, língua bretã anterior ao inglês, dava às suas ilhas. Uma dessas ilhas é Jura, na região (muito) fria das Hébridas, norte da Escócia, origem que dá nova dimensão aos uísques mais cobiçados do momento. Um deles é o Jura Malt Whisky, que está no Brasil com as [ Leia mais… ]
VINHOS, O NOVO PECADO DA CARNE Como diferentes uvas transformam dão nova grandeza a seu churrasco Pedro Mello e Souza O outono é uma temporada emblemática para os vinhos. Mais do que isso, é um ícone. E não somente porque é a época das colheitas no hemisfério norte, mas também porque [ Leia mais… ]
Tirashizushi ainda é um prato incompreendido. Grafado ちらしずし, em alfabeto hiragana, é um elegante combinado de sashimi sobre arroz. Mas isso não vira um sushi como aquele que conhecemos, meio descontruído? Não, pois não há o bolinho de arroz, o mítico ‘niguiri’. “Na verdade estão enfeitados em cima do arroz”, entrega Alissa Ohara, comandante do [ Leia mais… ]
Essa lagosta aí, de pinças grandes, dramáticas, de carapaça de um vermelho excitante, é a que os americanos conhecem como “lagosta verdadeira” ou, nacionalistas como são, “lagosta americana. Aqui, não temos nada parecido, mas em Portugal, há uma de gênero igual, mas espécie ligeiramente diferente, o o “lavagante”. As lagostas comuns não têm [ Leia mais… ]
Abaixo, um guia bem humorado de como usar o Azumi, através de itens ainda pouco conhecidos, como ankimo, karasumi, myoga e shishito, e outros hoje consagrados, como o usuzukuri e o yakitori, que, ao longo dos anos, conheci lá. É uma relação de dicas para que o cliente saia da sua própria zona de [ Leia mais… ]
Deixou de ser um corte de sociedade secreta. Isso, para os brasileiros, que se acostumaram a olhar com desconfiança para qualquer carne que não seja uma peça limpinha de boi. Entre os alemães, eisbein é a denominação que o ‘joelho de porco’ costuma ganhar, com especial apetite quando vem de mesas de bávaros e alsacianos. [ Leia mais… ]
Foi só um grãozinho, o suficiente para justificar a série Chicago Fire. Redondinha, lindissima em seu manto vermelho-ferrari. Chama-se olho-de-peixe, pimenta raríssima. Não tem no mercado. Linda na aparência, the trace of God no paladar. Tem uma vantagem: vc morre e não precisa ser cremado. Você vira uma passa. Made in Bahia, transplantado para Belfort [ Leia mais… ]
Ingredientes locais, refrescantes, crocantes, um breve estaladiço contra o calor. Mesmo que não soubéssemos do que estamos falando, sabemos que o palco acima é testemunho de uma deliciosa guerra entre franceses e italianos – provençais e genoveses, para ser mais exato. As armas são as mesmas: tomates, cebolas, azeitonas, pepinos, cenouras, vagens (ou favas e [ Leia mais… ]
Muitos restaurantes têm o seu tipo de palmito. Alguns mais doces, como os clássicos juçara, que eram tão comuns nas antigas churrascarias. Ou os de açaí, mais gastronômicos do que aquela lama que a fruta proporciona. Outras, mais amargas, umas menos, como a pupunha, outras mais, como a guariroba dos goianos. No Rio, nenhuma supera [ Leia mais… ]
Tartare de atum com trufas brancas do Abruzzo. Não são as de Alba, ok, mas é trufa pra valer, não essa impostura de azeite trufado, que, se fosse azeite mesmo e fosse trufado de verdade, sem aquela química que deixa o prato com cheiro de fluido de isqueiro, sequer chegaria às nossas mesas de tão [ Leia mais… ]
Eggs. Será o benedict? Segundo o autor John Mariani, a fórmula dos ovos pochês, sobre muffins e bacon (originalmente aquele dito canadense) seria o campo de batalha entre dois hotéis de Nova York, o Delmonico, com o chef atendendo ao capricho de um certo LeGrand Benedict; e o Waldorf Astoria, por sugestão do milionário Lemuel [ Leia mais… ]
Sal negro do Havaí? My ass… Fui pesquisar e toda a imagem de um Oceano Pacífico imaculado, virgem e exótico não passa de um raspa extraída de rochas no Chipre por um grupo de italianos. Essa é pra deixar Alexandre, o Grande, rolando no barril em que foi preservado. No mais, isso aí não [ Leia mais… ]