Olhem bem para esta garrafa. É umas das 383 que a brava Vanessa Medin produz no Vale dos Vinhedos.
Cru, não-filtrado, extraído, e seco como um grande uísque, de aromas que intensos mas discretos, mais ou menos o que o Chanel nr. 5 da Marilyn Monroe quer de ser quando crescer.
A boca tem salinidade, antes até do que a mineralidade clássica de algo que um grande alsaciano alcançaria.
Acidez, neste caso, é a chave para a elegância, a persistência, a profundidade e a dupla face deste vinho, que circula entre o rústico chique e o refinado casual.
Uma chave para o céu deste vinho: tome metade e guarde a outra metade, devidamente fechada e refrigerada por três dias. Depois, enxuguem as lágrimas e me agradeçam.