Otto Pinot Noir

[1 jul 2024 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Ou a pinot noir dá certo ou dá muito errado. Admiro os produtores gaúchos que insistem em plantar a uva para produzir vinhos tintos em condições quase adversas para uma uva tão temperamental com solos, climas e umidades.

 

Enquanto brilhava com os espumantes, a casta tropeçava nos vinhos tranquilos, em rota tortuosa de acertos e muitos erros. Mas a recompensa está começando a chegar.

 

Otto Pinot Noir 2023: depoimento brasileiro sobre a uva francesa, (Foto Pedro Mello e Souza)

E o exemplo mais moderno está nesse rótulo de design futurista da Otto, em que o equilíbrio entre terras e frutas, doçuras e taninos, parece ter encontrado seu caminho — em cada país a uva tem o seu caminho.

 

E tentar imitar a borgonha é perda de tempo. Mas com a crise que a mais nobre das regiões francesas sofre com a mudança de comportamento da pinot noir diante das viradas graves de eixos climáticos, pode ser que chegue uma hora em que a Borgonha comece a imitar os estrangeiros.

 

Nós inclusive, por dentro e por fora desse belo vinho.