Salicórnia, quem diria, que conheci nos anos 80 como enfeite e leito de ostras frescas e pasto dos cordeiros normandos e bretões dos rebanhos medievais, virou modinha. Há coisa de uns vinte anos, estava no “menu experience” que valeram ao Le Cinq a quinta estrela do Michelin. Meninos, eu vi. O crocante do tipo [ Leia mais… ]
Não procurem nos dicionários. Tiradito é paladar de grandes delicadezas mesmo sem maiores refinamentos. Não está entre os verbetes dos veneráveis compêndios da Real Academia Espanhola, que diz, porém, que “tirado” é coisa barata ou de fácil obtenção. Concordamos com eles, agora que os restaurantes peruanos proliferaram e, com eles, a fusão da cultura andina [ Leia mais… ]
Tirashizushi ainda é um prato incompreendido. Grafado ちらしずし, em alfabeto hiragana, é um elegante combinado de sashimi sobre arroz. Mas isso não vira um sushi como aquele que conhecemos, meio descontruído? Não, pois não há o bolinho de arroz, o mítico ‘niguiri’. “Na verdade estão enfeitados em cima do arroz”, entrega Alissa Ohara, comandante do [ Leia mais… ]
Ingredientes locais, refrescantes, crocantes, um breve estaladiço contra o calor. Mesmo que não soubéssemos do que estamos falando, sabemos que o palco acima é testemunho de uma deliciosa guerra entre franceses e italianos – provençais e genoveses, para ser mais exato. As armas são as mesmas: tomates, cebolas, azeitonas, pepinos, cenouras, vagens (ou favas e [ Leia mais… ]
Pessoas doces precisam de acidez. Ingredientes doces precisam de chefes com a acidez de Joachim Koerper. O tataki de atum com essa manga me deu medo. Resultado, adoro me decepcionar com esse meu instinto falho diante de pequenas fatias de puro brilho. Quanto ao prato, encontros agradáveis (breves em sua maioria, hélas!) e relação [ Leia mais… ]
Tartare de atum com trufas brancas do Abruzzo. Não são as de Alba, ok, mas é trufa pra valer, não essa impostura de azeite trufado, que, se fosse azeite mesmo e fosse trufado de verdade, sem aquela química que deixa o prato com cheiro de fluido de isqueiro, sequer chegaria às nossas mesas de tão [ Leia mais… ]
Se tudo der errado, vou virar um escritor de ficção de gastronomia. O porquê? Em outubro de 2007, fiz um artigo arriscando algumas previsões para o que viria no ano seguinte, de 2008. Era um tempo em que se citavam referências como o cardápio do Carême, aqui, e o El Bulli, lá. Errei um monte, [ Leia mais… ]
Mais uma vez, o Atera, em Nova York, não está sequer na relação dos 50 Best, votação promovida por uma empresa de águas minerais, a italiana San Pellegrino, para prestigiar seus clientes. Isso não coloca o restaurante em dúvida, mas sim a própria lista. A casa está um degrau acima daqueles grandes de Manhattan que [ Leia mais… ]
Frio, fresco, meio termo entre um petisco de mão ou um carpaccio de garfo e faca, o vitello tonnato é um antipasto toscano. Cortes finíssimos de rosbife de vitela, uma molho emulsionado (são tantas emulsões!) de atum pilado com anchovas, alcaparras e gemas. Está presente em muitos dos restaurantes que apreciam as tradições italianas, sejam [ Leia mais… ]
Dois pratos distintos de um restaurante refinado mas sem afetação, educado mas sem os rapapés de adestramento de fineza. E com sabores que fazem com o cliente aquilo que um cardápio deveria ser obrigado por lei a fazer: restaurar. É a versão Shopping JK do Tre Bicchieri, iluminado, arejado, espaçoso, enfim, uma das antíteses do [ Leia mais… ]
A ideia de Luca Orini é bem simples: trazer o cardápio de volta às fórmulas originais e instifar a memória afetiva de quem for ao Cipriani. Assim, com foco nos ingredientes e em fórmulas bem reconhecidas pelo público, o restaurante do Copacabana Palace lança novo cardápio, que revê uma série de ícones da cozinha italiana. [ Leia mais… ]
É grande? Resposta: é leve. É sentar e começar a degustar. A preocupação só vem antes: somente oito desses serviços serão preparados por dia. E a reserva é de até seis dias de antecedência. Faz parte: rigor rima com frescor, com atenção e com apuro de um menu-degustação de nível internacional. O conceito de [ Leia mais… ]
Este post é a íntegra da matéria publicada pelo caderno ELA Luxo, em O Globo, em que visitamos os cinco melhores restaurantes de linha francesa em Nova York. Os textos com as impressões sobre os demais restaurantes está em: Eleven Madison Avenue Per Se Daniel Jean Georges Ver um restaurante como o Le Bernardin [ Leia mais… ]
O bom atum pode ser maior e mais pesado do que uma bela vitela. Os chefs mediterrâneos sabem disso muito bem. Os sushimen, mais ainda. E todos eles selecionam direitinho o corte do peixe que vai servir à sua receita, seja ela crua, grelhada, curada ou em conservas. Por isso, desenhar o atum com aquele [ Leia mais… ]
Ao contrário das peças de gado, que variam de país para país, os cortes de atum são basicamente os mesmos em todo o mundo, da Sicilia ao Japão. A parte do lombo, mais vermelha, ganha quatro separaçõesque geram filés para a grelha e cortes mais delicados para fórmulas modernas como o carpaccio. A parte posterior, [ Leia mais… ]
Há um movimento interessante no desenho dos sushibares modernos: o de dar uma cara mais contemporânea ao balcão em que cortam-se os sushis à minuta e surgem os grandes omakazês. É o caso do conceito criado pela arquiteta Carolina Rocco para o restaurante Aya, em Pinheiros, que, em junho, comemorou dois anos de belas peças [ Leia mais… ]
Na gastronomia de Nova York deste início de outono, a ordem dos ingredientes sofreu uma inversão. O foie gras está discreto, a barriga de porco começa a perder força e o ovo volta à sua condição de acompanhamento. Nem carne, nem peixe: quem manda é uma erva, invisível no garfo e pouco prestigiada no Brasil [ Leia mais… ]
Quem pensa que o reino de Portugal e Algarves está encerrado, leia de novo. Estamos nos referindo ao livro O melhor peixe do mundo, de Fátima Moura, com coordenação de José Bento dos Santos, membro da Academia Portuguesa de Gastronomia. São 192 páginas que incluem desde um tratado sobre as costas de todas as costas [ Leia mais… ]
Tartare de atum e pepino crocante, tapioca de caviar Claude Troisgros (Olympe) Receita para 4 pessoas O molho 4 colheres de mirin (vinho de arroz) 4 colheres de molho de soja 2 colheres vinagre de arroz 1 colheres azeite extra virgem ¼ de colher de mel Sal o quanto baste Misturar os [ Leia mais… ]
Entendendo o português das denominações antigas dos novos cardápios de Lisboa (Seqüência da matéria Lisboa Remix, publicada no Caderno ELA Gourmet, do jornal O Globo) Aljezur (I.G.P.) Da localidade do mesmo nome no litoral do litoral oeste do Algarve, denominação da variedade ‘lira’ de batata-doce, de tubérculos pequenos, menores do que um punho [ Leia mais… ]
Ou pintxo, se formos ao original dos bascos, profissionais que são nesse tipo de tapa, especialmente se for de atum. Nesse caso, do Venga, no Leblon, o original em metal, que ajuda a assar a carne por dentro. Ajuda quem é bom, prejudica quem é burro: se deixar demais, a parte macia de dentro vai [ Leia mais… ]
Que os enólogos não se aborreçam comigo, mas é muito mais fácil obter retrogosto de uma uva no copo do que de qualquer outro ingrediente no prato – (alho não é retrogosto). Até onde eu sei, não há grandes vinhedos na Bolívia. Mas há retrogosto vindo de lá, e sem qualquer interferência de temperos [ Leia mais… ]
O restaurateur César Hasky está levando a sério uma das recomendações mais comuns para o alívio da calor carioca: a degustação dos sushis. Entre as novidades que exploram a baixa temperatura dos ingredientes está o furi croc salmão, em que um tartare do peixe ganha a explosão de pequenos flocos de raiz forte no [ Leia mais… ]