Kwak Black Flandres, pavilhão de qualidade da bandeira belga no Herr Pfeffer. Atenção para o formato do copo, coisa de artista da nata. Atenção para a cor, mais ouro do que prata. Atenção para a textura dessa cerveja de inspiração trapista, de que tem muito de artista e, claro, algo de pirata. [ Leia mais… ]
Asahi, de アサヒ(pronuncia-se “açaxí”). É o rótulo de cerveja definitivo para acompanhar o sushi e balancear a textura do arroz, lavar o salgado do shoyu e valorizar cada corte de peixe cru com o seu frescor quase salino – ou “super dry” (辛口, karakuchi), como anuncia o rótulo. Refrescante e saborosa, é a [ Leia mais… ]
Frescor, uma ponta de amargor e temos uma fórmula adequada para boa parte das comidas tailandesas, com seus cocos, suas pimentas e seus capins-limão, como nas fórmulas do cardápio de David Zisman, no Nam Thai, Leblon. Pela compbinação, fic a sugestão para pratos de estrutura semelhante, como a moqueca e até um tacacá. Cor [ Leia mais… ]
O Kremlin do rótulo é a indicação do rumo dessa imperial russian stout, mais um artesanato da Antuérpia, assinada pelo mestre jedi Giancarlo Vitale. Apesar de todo o envelhecimento, mantém frescor, acidez, alegria, beleza no manto de carvão e na carbonatação densa, que gera uma espuma de tons de avelã. Mas o que essa cerveja [ Leia mais… ]
Me aflige um pouco essa coisa de encher a cerveja de ingredientes. Fico sem saber como é a cerveja original e o excesso de alguns rótulos resultam em algo que destrói o paladar como aquele pinheirinho aromático de taxi dizima meu humor. Mas nesse caso da foto, o capim limão não prejudica a sensação dessa [ Leia mais… ]
Gostando de ver o avanço das cervejas no estilo IPA no rótulos próprios dos restaurantes. Antes, tínhamos cervejas fáceis, como as lagers, de linha alemã ou as pragas à base de trigo, nenhuma delas com qualquer paladar mais corajoso. Aqui, como já reportei com os posts sobre a red ale do Lasai com a Wäls, [ Leia mais… ]
Nada como um evento de vinhos para saber o que acontece no mundo das cervejas… em Portugal. Qual a lógica? Muitas delas estão investindo em rótulos próprios, com parcerias com cervejarias artesanais locais, com uma vantagem extra: as vinícolas já têm o que é necessário para atender a uma das exigências atuais, o barril para [ Leia mais… ]
Meu lema: bom gosto e gosto bom, nessa arte à la Monet. Lindíssimo rótulo da “IPA Nema”, session IPA que a carioca Three Monkeys acaba de lançar. Manto bronzeado, corpo fino, leve como convém, duplamente refrescante pelo efeito da chamada DDH, uma dupla rodada de dry hopping, com a carga dos lúpulos no fim do [ Leia mais… ]
Beleza de café, beleza de kaffee, beleza de kölsch. Explico: as cervejas kölsch são marcos da leveza e da sutileza dos estilos de Colônia (Köln), na Alemanha. Sem forças e proeminências, abre espaço para dar à bebida outros sabores – no caso desse rótulo da carioca W.Kattz, o café (lá, “kaffee”), que entra também leve [ Leia mais… ]
Recentemente, fiz uma matéria belíssima sobre a arte brasileira nos rótulos de cerveja. Por mais que o meio venda uma imagem irreverente, apuramos rótulos de beleza rara, estilos apurados, grafismos belíssimos. É arte seria, como já foi a nossa criação de capas de discos. Pena que não deu espaço para todas. Especialmente essa aí, [ Leia mais… ]
Pelo rótulo, tinha tudo para ser uma daquelas imperial stouts com aromas fortes de café, tanto o dos grãos quanto o da torra dos maltes. Mas, na via que as cervejas artesanais estão tomando na direção da quebra dos estilos, a surpresa chega na cor da cerveja: cobre escuro. Alegam ser uma IPA, mas, outra [ Leia mais… ]
Primeira vez, em anos e anos, que vejo alguém escrever (e imprimir!!!) a palavra chope corretamente. E olha que eu já expliquei mais de uma vez o porquê dessa questão: nem no alemão, nem em lugar nenhum existe essa expressão. Fiquem bravinhos, se quiserem, mas saibam: “chopp” é o “menas” para o mundo cervejeiro. [ Leia mais… ]
Temperatura perfeita para mais uma rodada de degustações, da série tarefa dada é tarefa cumprida. Apesar do nome, a cerveja é bem carioca. Ou brasileira. Ou brazilian, no caso dessa cerveja, dita american lager, mas de frescor compatível com nossos humores. Fresca, elegante, versátil para acompanhar entradas e pratos principais – limpa as gorduras, [ Leia mais… ]
Quem esperava alguma explosão radical de criatividade de Leonardo Botto, vai ter de esperar a próxima. Criatividade, sobrou. Mas o radicalismo, ele deixou em cima da pia, para fazer uma das grandes homenagens que um cervejeiro poderia fazer a um estilo, que, se nao é primitivo, é primal: na abertura de sua casa, fez uma [ Leia mais… ]
Beer class com class beers. Para quem não sabe o que é crowler, vou tentar ser bem didático. É uma lata grande (essa aí, um litro), de parede um pouco mais espessa do que as latas comuns, que se enche na hora com o chope escolhido. O nome é uma brincadeira com o “c” de [ Leia mais… ]
Antes de mais nada, o “Café” do rótulo não tem referência com o grão, mas a uma brincadeira com o ponto de encontro, o café europeu – que se torna mais brincadeira ainda, já que, em um café europeu, o menos provável é que se encontre um monge. Mas se eles lá fossem, o que [ Leia mais… ]
Consistência e domínio de aromas e amargores. Esse pessoal da Stone faz o que quer. Nessa aí, a Ghost Hammer, um IPA sazonal, a complexidade que vai da secura da folha de chá à acidez do damasco. Manto belíssimo, que reflete a luz com tons de ouro velho, de seu teor não filtrado. Seria o [ Leia mais… ]
Cerol fininho é jargão de quem soltava pipa e participava de batalhas com o vento em popa. O pó de vidro (cerol), picado bem fininho e colado no cordão era o truque maroto para arrebentar o fio do adversário. Uma parte dessa aulinha do estilo “how to be a carioca” foi absorvida e aplicada [ Leia mais… ]
Checando a cerveja que a Bohemia preparou para o Bar Urca. Em princípio, uma pilsen com dry hopping. Falaram vagamente em “lúpulos americanos”, que ainda não senti. Provado, é onde a Bohemia tem nos levado, a uma cerveja básica, insípida e inodora. Não só no caso dessa marca, mas de todas as demais que produz, [ Leia mais… ]
Os ingleses sempre se viraram. Na época dos bloqueios dos franceses, ficavam sem vinho. Sem muito mimimi, inventaram o seu próprio genérico, a barley wine, em que reproduziam corpo, intensidade e álcool dos vinhedos. E, a julgar por esse rótulo da paulista Dádiva, também a elegância, que lembra a de um grande madeira, com trocadilho, [ Leia mais… ]
O pessoal mais radical faz a festa com a história do patinho feio. Psicanálise pura no ícone sentimental que adotamos em tempos de contestações. E onde há contestação, há cervejeiro. Prova disso é a Ugly Duckling, que a Overhop nos traz no primeiro aniversário de sua marca, de suas linhas e de suas descobertas. [ Leia mais… ]
Surpresinha no mundo das cervejas de verdade. Equilíbrio nos lúpulos e no malte dessa IPA marcada mas tranquilona, charmosa, com B de Blind, produzida pela Antuérpia, por encomenda de dois diletantes que, se são amadores na cerveja, são profissionais na qualidade: Maurício Saade (ex-Diesel) e Roger Magalhães (Esplanada Grill). Agradável, perfumada, equilibrada, [ Leia mais… ]
Cerveja com aga e discurso sem agá. Explico: AGA ou “american german ale” é um estilo que o Fábio Santos, do Herr Pfeffer, e Leandro Ajuz, da Penedon, costuraram com a destreza de diplomatas: maltes tchecos e austríacos em ale inglesa, lúpulos germânicos (saaz e hallertau) com dry hopping americano (cascade). Todo esse encontro [ Leia mais… ]
Nesse momento que antecede o almoço, cada um tem a barrinha de cereais que merece. Eu fico com a garrafinha de cereais, igualmente eficiente, mas bem mais fresca e agradável sob a pele da Noi Bianca, cerveja trigueira na composição, bronzeada na vocação. Enfim, Bianca na inspiração. Tem um manto belissimo, denso, não [ Leia mais… ]
Se a Provence é famosa pelos vinhos, está se tornando também uma referência em cervejas. Uma delas, a Cogole de Marseille, que homenageia o público feminino mais atiradinho – no dialeto local, “cagole” seria algo como “periguete”. Mas o perigo está restrito ao rótulo, já que a cerveja, fresquiíssima, é uma clássica pilsen, é um [ Leia mais… ]
Por que New England? Porque a Nova Inglaterra é famosa pelos rótulos míticos, daqueles que produzem pouco e não exportam menos ainda. Tomam tudo. Quem não viajar, não vai provar. A experiência, uma explosão mundial nos últimos seis meses, é quase completa para quem degusta: boca cheia e generosa e duas marcas que dão o [ Leia mais… ]
Cereais matinais com carga espiritual. Há menos de um ano, essa cerveja, produzida pelos monges da Abbazia delle Tre Fontane (Abbatia trium fontium ad Aquas Salvias) é a 11a. cerveja trapista do mundo – e a primeira italiana. As tais três fontes teriam brotado dos pontos em que bateram a cabeça de Paulo, quando foi [ Leia mais… ]
O balcão é pequeno, mas o coração ali é grande. Especialmente quando começam a bater nas mesas em frenteda pequena loja da rua da Rua Souza Lima, quase esquina com a praia. E, bem a propósito, a praia levou à ideia de gênio dos proprietários, que enchem o growler em PET, por míseros 5 reais, [ Leia mais… ]
Um dos exemplares de como o Brasil entende as suas extreme beers, de amargor agudo, aromas proeminentes – manga, neste caso desta espetacular cerveja da Mistura Clássica. Mas se temos manga madura, tempos também a manga verde, invocada não pela carga pesada de lúpulos como o amarillo e o mosaic – um pouco do amargor [ Leia mais… ]
Restaurantes e suas cervejas. Por que esse interesse repentino? Thomas Troisgros respondeu na minha coluna, em O Globo: “Queremos uma cerveja fácil de beber e que tenha uma cara nossa”, resume Thomaz Troisgros, que lança o seu rótulo, a Wäls CT, oficialmente, na quarta-feira, dia 24. O pedido que passou à cervejaria mineira Wäls [ Leia mais… ]