Olhem bem para esta garrafa. É umas das 383 que a brava Vanessa Medin produz no Vale dos Vinhedos. Cru, não-filtrado, extraído, e seco como um grande uísque, de aromas que intensos mas discretos, mais ou menos o que o Chanel nr. 5 da Marilyn Monroe quer de ser quando crescer. A boca [ Leia mais… ]
Em Zaragoza faz um calor danado. Por lá, vinho encorpado, daquele que nos deixa exausto no segundo copo, não tem muito ibope. Em terras tão “calientes”, a saída é o frescor, a simplicidade, a leveza e até um toque de criatividade, como nesse blend que pouco se vê, de chardonnay com macabeo. Não [ Leia mais… ]
Uma das antigas histórias sobre a trajetória dos vinhos de Lisboa já apontava o rumo da qualidade do futuro vinho da Estremadura. Dizem autores como Richard Mayson, em seu livro Wines of Portugal, a respeito do sucesso daqueles vinhos em Londres, – na época da presença das tropas dos aliados ingleses, durante a resistência de Portugal [ Leia mais… ]
Tradução direta da expressão Chez Claude: Na Casa do Claude. Tradução ainda mais direta: Claude Está em Casa. Mais ainda, Claude Está se Sentindo em Casa. Ele anda circula, mete a cara nas mesas, checa se está tudo bem. Anda, mexe, dá ordens, faz observações, tira pedidos. Não é renascimento, é renacença de Claude Troigros, [ Leia mais… ]
O que a chuva não faz no Rio, que é refrescar, esse aí cumpre com aplomb. Viapiana Brut Champenoise. Estala na boca, depois de 5 meses amando suas leveduras, nas quais conta a história de três uvas e seu encontro raro: chardonnay, viognier e glera, antiga prosecco. Nos aromas, as profundezas dos pães, das frutas [ Leia mais… ]
Devia ter meus 18 anos quando meu tio me enviou uma mensagem que os antigos chamavam de carta. Tinha o timbre do charmoso Hotel Plaza, em Nova York e, nela, ele descrevia, com caneta tinteiro, o pedido que fizera para seu café da manhã no quarto, meia dúzia de ostras de uma garrafa de chablis. [ Leia mais… ]
Delicado, de paladar cremoso, manto de bela e luminosa cor dourada. No nariz, um complexo de maçãs e pêssegos, de tostados, baunilhas e frutas cristalizadas. Essas são as marcas de uma das mais marcas mais jovens do mercado dos champanhes: a Nicolas Feuillatte, da área de Chouilly, que chega ao Brasil por esforço [ Leia mais… ]
Em tradução livre, o rótulo significa “o canto dos malucos”. Esse é o espírito de Pedro Parra, que passou a explorar áreas e terroirs inesperados – altitudes (e atitudes!) mais elevadas, latitudes mais baixas, exposição aos ventos do litoral – para rejuvenescer o vinho chileno, em atitude que batizou de “locuras”. E Locuras é [ Leia mais… ]
Zelândia, sempre Nova. E inova o sauvignon blanc e o pinot noir, o syrah e o gewurztraminer. E lembrando a camiseta que eu cobiço até hoje, parodiando o Pink Floyd: Momentary lapse of riesling. Não há lista de grandes vinhos no Novo Mundo à base de pinot noir ou sauvignon blanc que não inclua um [ Leia mais… ]
Para quem conhece os champanhes da casa Pierre Moncuit, uma boa colocação em degustação às cegas não é surpresa. O jeitão vencedor do seu rótulo brut já chega na cor dourada, no perlage finíssimo, na boca mineral, densa, complexa, com um leque de aromas que têm pouco de inverno mas muito de outono, das frutas [ Leia mais… ]
Arrepiado Velho seria um daqueles nomes divertidíssimos de blocos cariocas. Isso, se já não fosse uma das mais celebradas vinícolas do Alentejo moderno. Não são de lá, mas chegaram após as dicas de David Booth sobre a área de Sousel, na sub-região de Portalegre. Os rieslings dão um show de frescor (em Portugal, eles dizem [ Leia mais… ]
Às vezes, o motivo da comemoração está na mesma mão do brinde e ninguém percebe. No caso da Barnaut, um champanhe leve mas com estrutura, próprio para celebrações, comemos mosca. No ano passado, eles comemoraram 140 anos de existência. Para saber um pouco mais desse rótulo, fui ao único dos compêndios que deu alguma bola [ Leia mais… ]
Quando alguém te disser que um espumante pode nos deixar alto, pode ser que ele esteja levando a expressão ao pé da letra. Em altitudes como os mil metros de altitude, por exemplo, no momento em que se degusta um copo de Benoit Daridan, um “méthode traditionnelle” do vinhedo que sobrevávamos naquele momento, de balão, [ Leia mais… ]
É assim mesmo, com jota, mas a pronúncia é mesmo Rossi, como em Gaja, Angelo Gaja, essa figuraça, que a gente acha que vem apresentar os vinhos, mas quer mesmo é bater um belo papo com o copo na mão. Nessa conversa, faz um palestrão sobre a região, as tradições da área do Langhe, dos [ Leia mais… ]
Provado às cegas, sem olhar o rótulo, não resta dúvidas: é um Borgonha finíssimo, um Meursault, talvez. Certo? Errado. Trata-se de um chardonnay da região de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Que me apresentou foi o gourmet Paco Torras, titular do melhor e mais bem escrito blog do hemisfério, o Bistrô Carioca, em [ Leia mais… ]
Ano que vem a Domaine Faively completa 190 anos cobrindo todas as áreas nobres da Borgonha, a grande maioria em propriedades próprias, mais de 80 por cento deles, de tintos festejadíssimos. Mas os brancos também têm suas relevâncias, com rótulos de denominações como Bâtard-Montrachet, Meursault, Corton-Charlemagne, Puligny-Montrachet e muito Mercurey. E há também o [ Leia mais… ]
Um breve olhar sobre o universo de sabores que só os vinhos e suas uvas podem fornecer aos limites do paladar do Homo vinicus Pedro Mello e Souza Preste atenção nas fotografias daqueles que gostam de vinhos: ou o personagem está simulando um brinde ou fingindo que está provando. Mas se a foto [ Leia mais… ]
No mais belo dos brindes, a conta perfeita de tão inexata: de 99, só falta um para one thousand. Gracias, chardonnay; merci viognier. Após essa pequena mas direcionada declaração, passo à observação: impressionante a elegância e o aveludado que a uva viognier confere aos vinhos, em qualquer hemisfério em que esteja, em qualquer corte que [ Leia mais… ]
João Pedro Lamonica, Alloro (da matéria Com que vinho eu vou?, publicada no Caderno ELA Gourmet, abril de 2014) Caldinho de Feijão Espumante brut rosé Vai depender do grau de tempero, pois no caldinho de feijão existem temperos marcantes no paladar como alho. As gorduras de torresminhos e linguicinhas dão ao caldinho mais consistência [ Leia mais… ]
LIMA Laguiole (da matéria Com que vinho eu vou?, publicada no Caderno ELA Gourmet, abril de 2014) Bobó de camarão Chardonnay com madeira Dois diferenciais nesse prato: o dendê e coco, que pedem um vinho com madeira, um toque amanteigado como o do chardonnay. É um vinho que harmoniza muito bem com os [ Leia mais… ]
Degustação às cegas no Esplanada Grill, o sommelier Robson nos traz aquele copo preto. Matamos que era branco, que era fresco, imaginamos um espanhol fino. Quase. Era um chardonnay da Comtes de Largeril, produtor do Pays d’Oc, sul (e sol) da França. Mais do que surpresa no paladar, no bolso: 69 reais. Não é o [ Leia mais… ]
Foi um evento simultâneo em sete países no mundo. O Brasil foi um deles. E o Rio foi escolhido para o lançamento mundial da cuvée Alexandra, um champanhe rosé do mais alto extrato da Laurent-Perrier. Para quem já conhecia a fineza da cuvée Grand Siècle, a fineza do rosé pode não ser surpresa, mas é [ Leia mais… ]
Já iniciei essa série antes, mas, por conta dos créditos, coisa rara hoje em dia, inauguramos oficialmente o Q.M.A.E.V.F.C.B., iniciais de “Quem me apresentou esse vinho foi a Cristiana Beltrão”. É uma chancela exclusiva, a única que traz, em seu caderno de obrigações, algo que qualquer outro selo de denominação jamais terá: certificação de coisa [ Leia mais… ]
Conheçam a merweh e a obaideh. Não são apenas duas uvas brancas do Líbano – são dois desenvolvimentos que o Château Musar vem levando a público e para a aclamação da moda entre os críticos. Explica-se: é um corte que proporciona vinhos concentrados, originais, elegantíssimos e, melhor de tudo, ancestrais, pois é uma cultura [ Leia mais… ]
Os vinhos de chablis são próprios para qualquer estação quente, inclusive os rápidos “veranicos” do inverno brasileiro. Fresco, levemente mineral e de bela acidez, o rótulo chega em rótulos tradicionais como os de Christian Moreau. É produzido com uvas chardonnay de vinhas de 40 anos de idade, que não passam por madeira, o que garante [ Leia mais… ]
Sim, branco. O enredo é simples: território de meia montanha, sem colinas, com vinhas até 700 metros de altitude, com plena mas delicada exposição solar no maior vinhedo da Toscana. Esse é o resumo da ópera Castello di Pomino, que a Marchesi Frescobaldi, através de um dos descendentes da família, Stefano Benini, trouxe para apresentar [ Leia mais… ]
Há calor na estrutura de sua uva, a chardonnay, há conforto no calor mineral que as pedras quentes do verão da região transmitem ao vinho, há aconchego das notas de peras cozidas. Este é um rótulo que pode ser considerado quente, não importa a temperatura, graças à estrutura que esse vinho traz da Borgonha, mais [ Leia mais… ]
Enquanto as autoridades dos vinhos sul-africanos concentram seus esforços em São Paulo, o Rio de Janeiro faz as suas próprias descobertas, especialmente em Ipanema. Uma delas é a versão 2008 da Meerlust, com seu Chardonnay 2008, da região de Stellenbosch. Denso na cor e no paladar, é um vinho gastronômico, que pode acompanhar de peixes [ Leia mais… ]
Há safras desse champanhe que já ganharam 99 pontos na Wine Spectator. É de se chamar a atenção, pois a revista dá menos destaque do que deveria ao estilo – e concede espaço a outros espumantes duvidosos. Mas o que vale nesse rótulo, o Clos de Goisses, da Philipponnat, é a estrutura com textura, [ Leia mais… ]
Mineral já no nariz, com frutas que vão do abacaxi à maça. Toquezinho de manga. A boca checa a crispar de tanta pedra, mas não é fechado – pelo contrário, é rico, denso e, mais importante, refrescante. Ganha muita elegância à medida que passam os minutos – foi o que ficou mais tempo na [ Leia mais… ]