A rigor, a ampliação ali, naquele momento, foi só no espaço. O conceito, o apuro, o produto, os detalhes, os paladares, o mobiliário, a decoração, esses já tinham sido ampliados há algum tempo – e, com a agilidade e a diligência envolvidas, em tão pouco tempo. Enfim, o Haru completa não só a ampliação, mas [ Leia mais… ]
Pausa no banquete nipônico para algo que não é comum no dia-a-dia dos japoneses: o sashimi. E com ingredientes, que, por incrível que pareça, não fazem parte da rotina brasileira: o peixe de nossas costas. O mais fino deles, a guarajuba. Ainda rosinha, a perna-de-moça. O do vermelho Pantone, o buri, olho-de-boi. No selado da [ Leia mais… ]
Se um dos sinônimos de cozinha à japonesa é delicadeza, ela está toda nesse prato acima. Uma salada de magret defumado de pato, cogumelos-paris (ela prefere os frescos, cortados na hora), leguminhos e verdurinhas da estação. Foi o Sushi Leblon recebendo Telma Shiraishi, do paulistano Aizomê: elegância no preparo (foto 2), no sorriso (foto 3) [ Leia mais… ]
Mizu shingen mochi é o nome original dessa belíssima sobremesa com forma de gema e limpidez de um diamante, de estética irresistível de uma gelatina perfeita. Em Nova York, onde pulou para o mundo, é conhecida como raindrop cake (bolo de gota de chuva), mas suas origens estão em confeiteiros de Yamanashi, uma comunidade aos [ Leia mais… ]
Abaixo, um guia bem humorado de como usar o Azumi, através de itens ainda pouco conhecidos, como ankimo, karasumi, myoga e shishito, e outros hoje consagrados, como o usuzukuri e o yakitori, que, ao longo dos anos, conheci lá. É uma relação de dicas para que o cliente saia da sua própria zona de [ Leia mais… ]
Kikurage é a leitura mais aceita de 海月, que significa, literalmente, “lua do mar”. O leitor pode tremer, mas não falamos aqui da temível e medonha criatura gelatinosa, de tentáculos mortíferos, pesadelo dos banhistas tropicais. Falamos, isso sim, da espécie que se torna uma iguaria nas cozinhas orientais para recondicionamento, quando é seca até o ponto [ Leia mais… ]
Aos amantes dos sashimis: está na época do serra. Não confundir com o peixe-serra, aquele tipo de tubarão com bico de serrote, mas o de um parente próximo, o atum. E com personalidade própria para envergar um nome forte como esse com direito a uma bela carne rosada que vai do rosado ao vermelho, do [ Leia mais… ]
Não se ofendam as demais referências do gênero: falo de dois formatos diferentes de restaurantes. De um lado, os sushi bares, espetaculares, contemporâneos, antenados, evoluções dos sushiyas (寿司屋), as casas de balcão simples que, no Ocidente, tornaram-se ambientes elegantes de ver e ser visto. E muitos deles de olho nas tradições e até de agradáveis [ Leia mais… ]
De 軍艦巻き, que significa, literalmente, enrolado em forma de navio – ou, melhor ainda, de porta-aviões, que os japoneses conhecem como ‘gunkan’. Variedade lúdica de sushi com o arroz envolto por uma fita de alga (proa, popa, bombordo e boreste) em que o topo do convés é coberto por alguma iguaria fina, ovas, principalmente, que [ Leia mais… ]
Foram anos de conformismo diante do dogma: vinho não combina com cozinha oriental. Com japonesa, menos ainda. Mas cabeça de brasileiro é assim, dura como barrica americana de segundo uso, quando se apega a uma dessas máximas, que, como mostraremos, não devemos dar a mínima. O mercado dessas casas orientais no Rio viu algumas tentativas, [ Leia mais… ]
As fontes não se entendem: uns dizem que nametake (なめ茸) é um tipo de cogumelo; outros, que se trata de um sinônimo do nameko (ナメコ). Outros, ainda, que se trata de uma conserva do enokitake ou, totalmente divididos, que afirmam ser um refogado simples desse cogumelo delicadíssimo em saquê e shoyu. Há livros especializados [ Leia mais… ]
A expressão vem do japonês しそ, que define a folha aromática, de forma de um naipe de espadas, mas de bordas raiadas, de planta da família do hortelã, apesar de chegar ao tamanho de uma mão, quando aberta. Seu paladar fresco mas forte, penetrante e dominante é usado com parcimônia em preparados que dominem a [ Leia mais… ]
O bom atum pode ser maior e mais pesado do que uma bela vitela. Os chefs mediterrâneos sabem disso muito bem. Os sushimen, mais ainda. E todos eles selecionam direitinho o corte do peixe que vai servir à sua receita, seja ela crua, grelhada, curada ou em conservas. Por isso, desenhar o atum com aquele [ Leia mais… ]
Há um movimento interessante no desenho dos sushibares modernos: o de dar uma cara mais contemporânea ao balcão em que cortam-se os sushis à minuta e surgem os grandes omakazês. É o caso do conceito criado pela arquiteta Carolina Rocco para o restaurante Aya, em Pinheiros, que, em junho, comemorou dois anos de belas peças [ Leia mais… ]
EspetoHoje, os espetinhos japoneses, os yakitoris (焼鳥) estão em todos os cantos. Até naqueles réchauds baforentos de churrascarias e restaurantes a quilo (uma contradição em termos). Mas nos primeiros tempos do Azumi, ainda eram uma raridade com cara arqueológica e que despertavam reações sociológicas.Uma delas era essa aí, da foto, a de tentáculos de lulas, [ Leia mais… ]
Crua, a carne é rosada e proporciona, na forma do buri (鰤), um das mais delicadas variedades de sushi. Na grelha, a carne torna-se branca, firme e de paladar que segue delicado mas torna-se intenso, especialmente quando o corte é o da bochecha. A explicação para os dois fenômenos é simples: trata-se de um peixe [ Leia mais… ]
O correto é suszukuri ou ussuzukuri. Não importa. São ambas interpretações de 薄造 ou うすづくり, expressões que significam, literalmente, “cortados finamente”. É uma variedade de sashimi servido em fatias finas como folhas, muitas delas se tornando até translúcidas, normalmente sobre um prato – ou travessa, ou pedra – de cor preta, o que [ Leia mais… ]
Os 25 anos do Sushi Leblon estão sendo comemorados em regime de retrospectiva com um cardápio especial, que está em cartaz até o dia 2 de agosto, quinta-feira, e junta, em um circuito de degustações, uma série de clássicos que marcam esse primeiro quarto de século da casa. Saquês e cogumelos, linguados e foie [ Leia mais… ]
Há 75 anos, Henri Matisse lançava o livro Jazz. Inicialmente, seria um livro de ilustrações sobre poemas. Mas a obra cresceu e tornou-se um autêntico catálogo de obras inéditas do pintor francês. E uma pequena bíblia da arte modernista. E uma viagem de abstração. Colagens, modernismo, abstração, e, principalmente, [ Leia mais… ]
No século XIII, o ferreiro Shiro Kanenaga foi incumbido pelo imperador Gotoba de forjar as espadas de seus samurais. Com o fim dos lendários guardiões, a família do artesão investiu no mais fino corte da historia do sushis. Sete séculos depois, as lâminas Kikuichi, ainda carregam o brasão do crisântemo, símbolo imperial de [ Leia mais… ]