Louis XIII: no conhaque dos reis, o rei no conhaque Matéria publicada no Caderno ELA, de O Globo Os especialistas sempre discutirão o ranking dos melhores conhaques do mundo. Mas há consenso em torno do mais nobre: o Louis XIII, da Rémy Martin. São dois séculos de profundidade de cor, de vigor de aroma [ Leia mais… ]
O quibe cru é uma daquelas vítimas do bairrismo cultural e, por consequência trágica, do culinário. Conhecê-lo como o steak tartare árabe é a mesma injustiça de denominar o cassoulet como a feijoada francesa. Aos motivos: originalmente, o ‘kibbeh nayeh’, interpretação mais comum de كبة نيئة, é tradição, sírio-libanesa muito anterior à criação do tartare [ Leia mais… ]
No post anterior, o do raviole de Alex Atala, vale a explicação sobre o kikurage, um cogumelo que o chef arremata com uma pincelada de pó de ouro, para a apresentação de sua receita. E que lança ao estrelato para ser visto em um praato próximo de você. Auricularia auricula-judae é o nome científico, que [ Leia mais… ]
Nada mais vencido e datado do que a história das massas italianas que atribui sua chegada no Ocidente a Marco Polo. Há algum tempo, os historiadores se dividem: um grupo deles assegura que o mais próximo que lendário viajante veneziano esteve da China foi uma masmorra persa. Outros, bem mais embasados, mostram que o garboso [ Leia mais… ]
O problema com as máscaras de carnaval é que os olhos do fantasiado desaparecem. A aversão de muitos – a minha, com certeza – a respeito do antigo folguedo, hoje uma mera arruaça, pode vir daí. Especialmente no caso das antigas fantasias de bloco, toscas, mal acabadas, com bafo. Mesmo as modernas, com cara de [ Leia mais… ]
Ícone absoluto da culinária brasileira, a feijoada é, por convenção nacional e consagração internacional, a carioca: um cozido de feijões pretos devidamente refogados, que recebe carnes e fumeiros como o paio, carne-seca, costela de porco, toucinho, língua e orelha defumadas e, às vezes, carne verde, de vaca. Acompanham obrigatoriamente o arroz branco, a couve [ Leia mais… ]
Aroma, história e muita festa em torno de um ícone dos bares (Publicada na revista Vogue, em outubro de 2010) Pedro de Mello e Souza Uma parte de sumo de limão, duas partes de pisco, a clara de um ovo, xarope de açúcar, gelo e duas ou três gotas de angostura. Esses são [ Leia mais… ]
Originalmente, ‘bifteck à la tartare’. Ou, entre os belgas, ‘bifteck à l’ américaine’, é um prato de origem francesa, registrado em meados de 1880 como “bifteck à la turque” (*), mas consagrado em todo mundo pela hotelaria em fins dos anos 50. Tratava-se, na época, de um serviço de filé mignon limpo e moído [ Leia mais… ]
Uma noite dessas, uma conhecida postou uma foto da lua crescente sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. Dias antes, a Cris Beltrão, do Bazzar, já tinha postado uma outra, no entardecer sobre a Place de La Concorde. Uma antes, outra depois de eu recorrer ao meu Idiot’s Guide to World Religions para me reciclar sobre o [ Leia mais… ]
Dizem que o triste fim de um autor é encerrar a carreira escrevendo orelhas de livros. A rigor, a minha carreira, se é que ela existe, começou exatamente assim: escrevendo uma orelha. Explico: Dia desses, fuçando a tímida bancada da seção de gastronomia da Livraria da Travessa, vi um livro que eu já considerava [ Leia mais… ]