Já estava com o post pronto quando eu soube que hoje era Dia Mundial do Gato. E é um desses distintos indivíduos, de manto e lança de guerreiros, meio com cara de jaguaritaca, que estampa um vinho laranja surpreendente na qualidade e no preço: Folklore Naranja, menos de 100 pratas, de perfume e paladares intensos, [ Leia mais… ]
Não é de hoje que a região de Lisboa vem levantando a bandeira do que há de mais moderno no vinho português. Não era assim, mas o jogo mudou. Mais ainda com vinhas novas, frescas e vibrantes de outra “tradição” cada vem mais moderna, a uva arinto, que começa a exigir a sua condição de [ Leia mais… ]
Côtes-du-Rhône branco? Por mim, sempre, mas é raridade nas cartas e, pior, no nosso imaginário. Não deveria, já que a elegância da combinação da viognier, de estrutura e perfume, e da grenache branca, de graça e encanto, faz tão bonito do que os super tintos da região. É vinho de carta ousada, para encarar [ Leia mais… ]
Em Zaragoza faz um calor danado. Por lá, vinho encorpado, daquele que nos deixa exausto no segundo copo, não tem muito ibope. Em terras tão “calientes”, a saída é o frescor, a simplicidade, a leveza e até um toque de criatividade, como nesse blend que pouco se vê, de chardonnay com macabeo. Não [ Leia mais… ]
Não há coisa mais genérica dizer que um vinho é gostoso ou até delicioso sem dizer o porquê. Que tal cítrico como uma laranja, manso mas intenso como uma manga, seco mas refrescante como um caju gelado. Esse é o perfil que vai do chão do nariz ao céu da boca do sauvignon blanc 2018 [ Leia mais… ]
Lua Cheia em Vinhas Velhas. Pode uma vinícola ter nome mais poético? E também pode dar ao próprio nome um conceito mais objetivo? Colheitas biodinômicas, observadas as fases da lua, de cachos antigos, que nos traz um vinho tão vibrante. Com esse calor de terra de Lampião, a gente e fica com o frescor de [ Leia mais… ]
Uma das antigas histórias sobre a trajetória dos vinhos de Lisboa já apontava o rumo da qualidade do futuro vinho da Estremadura. Dizem autores como Richard Mayson, em seu livro Wines of Portugal, a respeito do sucesso daqueles vinhos em Londres, – na época da presença das tropas dos aliados ingleses, durante a resistência de Portugal [ Leia mais… ]
Tudo aí: garrafa bojudinha (bocksbeutel), riesling da Francônia, estrutura de uma catedral com a graça (alcançada) de uma flor. E o nobre rótulo Horst Sauer Escherndorfer Lump 2008, mais uma das inúmeras gentilezas do não menos nobre André Martins. Danke, mein Liebe! Na boca, a marca seca do vinho, a nota de evolução, [ Leia mais… ]
Notinhas de ervas, flores do campo, limões verdadeiros, que consumidores desinformados dizem ser “siciliano”. E uma ponta de pitanga e de outras frutinhas tropicais, que dão simpatia à bebida, divertimento na abertura da refeição. Deve ser consumido gelado – com as doçuras residuais, a temperatura torna o vinho molenga, mesmo com o baixo nivel alcoólico [ Leia mais… ]
Tudo o que um vinho não pode é ser avesso à uva. Ainda mais se a uva é conhecida exatamente como “avesso”. Mais uma surpresa do reino dos vinhos verdes, com leveza, simplicidade, aroma e uma acidez esplêndida para abrir o apetite e fechar a refeição. E vem até com trocadilho junto, em um ápice [ Leia mais… ]
Grandes raças em pequenos cachos. Essa uva aí, raríssima, é a “brun fourca”, que, em provençal, significa garfo moreno. Quase desaparecida, é uma das integrantes do jardim da Abbeye de la Celle, uma instituição voltada ao vinho rosé que faz exatamente isso, recuperar o garbo de antigas castas, como fariam ao ressuscitar, como bruxos, o [ Leia mais… ]
“O vinho é a poesia da terra”, dizem os versos de uma antiga trova siciliana. A ternura das palavras reflete o amor com que aquele país (as regiões italianas denominam-se paese) dedica aos seus vinhedos e às suas regiões, que, conta a história, cultivaram as primeiras uvas de qualidade que viriam, no futuro, a se [ Leia mais… ]
When in Paris, da série “vinhos charmosos”… Uma pena um rótulo como esse chegar tão caro por aqui. Em Paris, é o vinho da moda. Está na taça dos bistrôs mais simples aos restaurantes mais sofisticados, com preços bons e aromas e frescores que justificam a parada para “un petit coup”, especialmente quando meia dúzias [ Leia mais… ]
É um vinho que, de tão encantador, é romântico até no nome. Foi criado em 1985 pelo Conde Giuseppe, proprietário da vinícola, por ocasião de suas bodas de ouro (ou, em italiano, nozze d’oro). É dedicado à sua esposa Franca “com amor imenso”. Obteve 89 pontos na Wine Spectator e 90 pontos no Robert Parker. [ Leia mais… ]
Este é um dos momentos históricos do Vinho Verde. É quando a velha mística da região deixa aquela sua humildade condescendente para reconhecer-se no alto de sua competência profissional, com brilho especialmente jovem no velho parlamento dos grandes vinhos europeus. E não há porque ser diferente. Matéria, há de sobra: há sol e solo, [ Leia mais… ]
Coluna de estréia de LETRAS GARRAFAIS, no caderno Rio Show, de O Globo, que reproduzo aqui a pedidos, para os amigos e leitores de outras cidades, especialmente as do Sul e de São Paulo. ATENÇÃO PARA OS PREÇOS, que são os da época da publicação da coluna. “Ah, mas esse negócio de degustação é [ Leia mais… ]
Vinho do dia, vinho de qualquer dia: Gravner Anfora. Sim, sem acento circunflexo. E, sim, feito em ânforas, à antiga, natural, com uvas ribolla – ou rebula, em solo de terras que o realismo e o imagineário não vêm mais a diferença entre o que são terras italianas ou eslovenas. É lá que Josko Gravner [ Leia mais… ]
Já não tenho paciência para a pensata sobre um vinho que é bom para os cariocas porque é perfeito para a beira da piscina. Como assim? Não há tantas piscinas assim que difundam um gosto por uma bebida específica para as suas margens, fora cervejas baratas, mergulhadas naqueles abomináveis geleiros da Budweiser. Ou uma caipirinha. [ Leia mais… ]
Fica um pouco dificil pesquisar expressões sobre vinhos quando o próprio dicionário da Academia Francesa os ignora oficialmente nos seus verbetes. O Larousse ainda os registra, mas sem a profundidade que merece uma chenin blanc, descrita apenas como uma cepa do Loire que dá origem aos vinhos de Vouvray. Não se lembram nem de dizer [ Leia mais… ]
Qual o resultado da união de dois terroirs diferentes? Complicado, sobretudo pelo desafio a uma lei: uva não deve viajar – quem planta e engarrafa na própria vinícola, se gaba disso e deixa claro no rótulo. Mas vejamos o que tivemos para o dia: um vinho longo e cheio, mas refrescante, estruturado, com uma textura [ Leia mais… ]
É assim mesmo, com jota, mas a pronúncia é mesmo Rossi, como em Gaja, Angelo Gaja, essa figuraça, que a gente acha que vem apresentar os vinhos, mas quer mesmo é bater um belo papo com o copo na mão. Nessa conversa, faz um palestrão sobre a região, as tradições da área do Langhe, dos [ Leia mais… ]
Provado às cegas, sem olhar o rótulo, não resta dúvidas: é um Borgonha finíssimo, um Meursault, talvez. Certo? Errado. Trata-se de um chardonnay da região de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Que me apresentou foi o gourmet Paco Torras, titular do melhor e mais bem escrito blog do hemisfério, o Bistrô Carioca, em [ Leia mais… ]
Ano que vem a Domaine Faively completa 190 anos cobrindo todas as áreas nobres da Borgonha, a grande maioria em propriedades próprias, mais de 80 por cento deles, de tintos festejadíssimos. Mas os brancos também têm suas relevâncias, com rótulos de denominações como Bâtard-Montrachet, Meursault, Corton-Charlemagne, Puligny-Montrachet e muito Mercurey. E há também o [ Leia mais… ]
Pouco conhecida, recentemente badalada, a uva encruzado é uma das novas modas no panorama vinícola de Portugal. Do Dão, mais exatamente, onde essa casta branca cresce com mais graça, tanto no solo quanto no copo. É uma uva curiosa, instigante, que pode trazer rótulos que combinam itens que podem ser quase concorrentes em uma degustação, [ Leia mais… ]
No mais belo dos brindes, a conta perfeita de tão inexata: de 99, só falta um para one thousand. Gracias, chardonnay; merci viognier. Após essa pequena mas direcionada declaração, passo à observação: impressionante a elegância e o aveludado que a uva viognier confere aos vinhos, em qualquer hemisfério em que esteja, em qualquer corte que [ Leia mais… ]
Um dos vinhos de entrada de gama da HRM – Herdade do Monte da Ribeira, o Varal é um vinho branco de bela acidez, fresco, cítrico, doçura de frutas e nariz de ervas frescas e das flores da região de clima seco, de temperaturas mais elevadas, uma das que mais crescem na região, em conceito. [ Leia mais… ]
A corrida pelo Alentejo foi assim mesmo: corrida. Quinze vinícolas em quatro dias, de alto a baixo da região. E se não conseguimos ir a boa parte da Vidigueira, então boa parte da Vidigueira veio a nós. Foi assim com a HRM, acrônimo nobre da Herdade do Monte da Ribeira. Ali, no bem arrumadíssimo núcleo [ Leia mais… ]
Um barato, essa picapoll, uva branca catalã. É quase uma exclusividade da região e denominação Pla de Bages, a alguns minutos de Barcelona, rumo norte. O enologo da Abadal, Juan Ramón Mañé fez as honras. Ele comanda a vinícola Abadal, uma das poucas inscritas nessa denominação, de pouco mais de 600 hectares, o equivalente para [ Leia mais… ]
Esse é um rótulo que não está no Brasil. Não está na lista de produtores da paulistana Vinhos da Áustria, especializada nos vinhos do país. Mas integra a lista curta de produtores da uva grüner veltliner, uma exclusividade daquele país, de nuances diferentes nas flores, nas frutas, nos minerais, na estrutura. É uma uva branca, [ Leia mais… ]