Olhem bem para esta garrafa. É umas das 383 que a brava Vanessa Medin produz no Vale dos Vinhedos. Cru, não-filtrado, extraído, e seco como um grande uísque, de aromas que intensos mas discretos, mais ou menos o que o Chanel nr. 5 da Marilyn Monroe quer de ser quando crescer. A boca [ Leia mais… ]
Em Zaragoza faz um calor danado. Por lá, vinho encorpado, daquele que nos deixa exausto no segundo copo, não tem muito ibope. Em terras tão “calientes”, a saída é o frescor, a simplicidade, a leveza e até um toque de criatividade, como nesse blend que pouco se vê, de chardonnay com macabeo. Não [ Leia mais… ]
⠀⠀⠀⠀⠀ Falamos aqui de um dos vinhos da série Haut Peron, do rótulo Sauvignon Blanc. Uma ponta de marmelo, outra de pêssego e, para não dizer que não é um saugvignon blanc, uma pinceladade de alcachofra aqui e outra de pimentão ali. Mas o que vale é essa estrutura mineral, dura, quase salina da área [ Leia mais… ]
O conteúdo consegue ser mais bonito do que o grafismo deslumbrante do rótulo, um mapa do pequeno mundi do Friuli, nordeste italiano. De lá vêm o produtor Livio Felluga, a uva friulano e sua aula de dureza, extração, delicadeza, inspiração. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O impressionante é um vinho desses não passar por um milímetro de madeira, deixando [ Leia mais… ]
Breakfast vegetariano, por que não? Arinto, avesso e a espetacular loureiro são nas uvas nesse vinho, uma graça por dentro e por fora. Ligeiramente frisante, muito refrescante, para ser tomado com a tranquilidade de um refrigerante. Dona Alface, da Casa das Hortas, uma das estrelas do evento dos Vinhos Verdes, que acontece neste fim [ Leia mais… ]
Esse post deu um trabalhão, mas o final foi poético. Interpretei nariz e basco, boca e braile para identificar o que está aí, o Mendraka Txakolina, da uva hondarrabi zuri, que resultou, em interpretação livre, no “papo em torno do vinho da areia branca”. Explico. Txaco é conversa. Hondarra, areia. Zuri, branco. Acidez aguda, [ Leia mais… ]
Pacherenc du Vic-Bilh. Mal se reconhece o francês dessa esplêndida apelação do Sud-Ouest, nova denominação francesa de vinhos estalantes, reluzentes, brilhantes, das encostas dos Pirineus. Se nenhuma das palavras está nos dicionários, é porque a tradição da língua occitana, com seu braço gascon, seu charme de Catalogne Française e seu meio sangue celta vai prevalecer. [ Leia mais… ]
Um dos hábitos que o aumento do consumo do vinho nos trouxe é a curiosidade do consumidor em relação às uvas. Hábito bom, saudável, educador, por mais erudito que possa parecer. Não há nada de enochato nisso e as tendências das escolhas levam a indústria a dois caminhos. Um, o de seguir o gosto do [ Leia mais… ]
Chasselas, uva oxítona, de identidades múltiplas e encantos diversos. Menos para chatos e mais para châteaux. Ou Domaines, como o Maison Blanche, que os suíços trouxeram para a promoção dos vinhos do Valais, durante as Olimpíadas. São vinhos de encostas alpinas, que estão chegando com seis montes brancos e tintos. Chasselas é uva reclamada [ Leia mais… ]
Aligoté, a uva branca esquecida da Borgonha. E reintegrada, cada vez mais, por produtores como Albert Bichot. Não conhece? Deveria. Nos anos 50, era um vinho de álcool tão baixo que podiam tomar no café da manhã. E de acidez tão alta que punham um pouco de licor de cassis para adoçar. Pronto. Criado o [ Leia mais… ]