Não é de hoje que a região de Lisboa vem levantando a bandeira do que há de mais moderno no vinho português. Não era assim, mas o jogo mudou. Mais ainda com vinhas novas, frescas e vibrantes de outra “tradição” cada vem mais moderna, a uva arinto, que começa a exigir a sua condição de [ Leia mais… ]
Da Quinta do Portal, a consagração da Quinta dos Muros, e de sua parcela, a M7, já equilibrado, sedoso, com o frescor das ervas que saltam de cada espaço de pedra das margens do Pinhão perfumando as raízes contorcidas de velhas vinhas. E são vinhas tão velhas que tiveram de convocar um ampelógrafo francês, especialista [ Leia mais… ]
Solstício 2016. Duas aulinhas sobre vinhos alentejanos em um vinhaço só. A primeira, sobre uma das expressões da moda, o “field blend”, mistura do campo, em tradução livre. Tão livre quanto os antigos produtores, que plantavam suas uvas, com o instinto e a experiência como partes de um terreno só, de onde saíam, todas [ Leia mais… ]
Uma amiga me perguntou qual vinho eu escolheria para conquistar alguém. São tantas as respostas. Depende muito do momento em que a relação está. Pode vir na forma de um vinho em torno de um primeiro jantar à luz de velas, no qual o rótulo só importa se for ruim. Pode vir de um [ Leia mais… ]
O VINHO QUE SAI DA CAIXA Reproduzo uma coluna da série sobre a informalidade em relação aos vinhos. Fiz um paralelo sobre a cerimônia que os brasileiros em geral, os cariocas em particular, fazem com o vinho. Lembrei dos grandes tempos do Rio capital, da redução da oferta pelo afogamento dos impostos. Mas fiz [ Leia mais… ]
Vinho de taça premiado é coisa raríssima. Mas no Gajos d’Ouro, bem escolhidos que são pelo sommelier Lima, chegam com as melhores cotações. Este aqui, o Val da Ucha 2016, abocanhou 90 pontos da Revista Adega pela leveza, profundidade e a beleza de sua cor rubi. O curioso é que não temos um vinho [ Leia mais… ]
Lua Cheia em Vinhas Velhas. Pode uma vinícola ter nome mais poético? E também pode dar ao próprio nome um conceito mais objetivo? Colheitas biodinômicas, observadas as fases da lua, de cachos antigos, que nos traz um vinho tão vibrante. Com esse calor de terra de Lampião, a gente e fica com o frescor de [ Leia mais… ]
Uma das antigas histórias sobre a trajetória dos vinhos de Lisboa já apontava o rumo da qualidade do futuro vinho da Estremadura. Dizem autores como Richard Mayson, em seu livro Wines of Portugal, a respeito do sucesso daqueles vinhos em Londres, – na época da presença das tropas dos aliados ingleses, durante a resistência de Portugal [ Leia mais… ]
Pêra Manca é um vinho multidisciplinar. Envolve histórias de descobrimentos, do Brasil ao Alentejo. Envolve discussões que vão das linhas dos rótulos à arte das falsificações. Envolve o avanço dos vinhos jovens e o lado venerável das velhas uvas. E envolve até as antropologias, das geológicas às linguísticas, com rápidas pinceladas de metafísica: no melhor [ Leia mais… ]
Aos namorados, fica a dica: brasileiros em Portugal resulta nisso aí, o Apaixonado, um vinho do Douro como deve ser: carinhoso, elegante, sedutor e gostosão. Sério, agora: primeira safra da produção da Ávidos, da ávida e apaixonada insistência de um advogado baiano, Plinio Simões Barbosa, que assumiu uma parcela no Douro Superior, área de vinhos [ Leia mais… ]
Mais do que um comentário, vinhão é o nome de uma uva do norte de Portugal, onde é a matriz de tintos verdes do minho e integra cortes de vinhos do porto, nos quais pode entrar com seu outro apelido, sousão, e doses de duas de suas características, cor e acidez. Selvagem, taninosa e, definitivamente, [ Leia mais… ]
WINE FOLLY + OXFORD COMPANION TO WINE O VINHO DE PAPEL PASSADO Esta deveria ser uma coluna de sugestões de presentes para o Natal, mas como já vi árvores montadas e panetones já em promoção, achei melhor me antecipar. Mercados exigem dinâmicas dos executivos e eu, como CEO dessa coluna, não posso ser exceção. [ Leia mais… ]
“Seriam os vinhos portugueses os mais excitantes do planeta, na atualidade?” Quem lançou essa questão foi o crítico americano Matt Kramer, um dos mais antigos colunistas da revista Wine Spectator. Entusiasmado com as degustações que fez recentemente, tomou uma decisão extrema: ele, que tinha ido ao país apenas duas vezes em quatro décadas, como [ Leia mais… ]
Arrepiado Velho seria um daqueles nomes divertidíssimos de blocos cariocas. Isso, se já não fosse uma das mais celebradas vinícolas do Alentejo moderno. Não são de lá, mas chegaram após as dicas de David Booth sobre a área de Sousel, na sub-região de Portalegre. Os rieslings dão um show de frescor (em Portugal, eles dizem [ Leia mais… ]
Este é um dos momentos históricos do Vinho Verde. É quando a velha mística da região deixa aquela sua humildade condescendente para reconhecer-se no alto de sua competência profissional, com brilho especialmente jovem no velho parlamento dos grandes vinhos europeus. E não há porque ser diferente. Matéria, há de sobra: há sol e solo, [ Leia mais… ]
A corrida pelo Alentejo foi assim mesmo: corrida. Quinze vinícolas em quatro dias, de alto a baixo da região. E se não conseguimos ir a boa parte da Vidigueira, então boa parte da Vidigueira veio a nós. Foi assim com a HRM, acrônimo nobre da Herdade do Monte da Ribeira. Ali, no bem arrumadíssimo núcleo [ Leia mais… ]
Adoráveis os rótulos das garrafas de vinhos do porto da Kopke. Ainda conservam aquela antiga aplicação em silk screen. Só se vê lá e em madeiras mais tradicionais. O importante é que estão chegando ao Brasil com essa sua assinatura secular – e abriram a mesa na apresentação oficial de sua importadora, a WineMundi, de [ Leia mais… ]
Uma pesquisa recente mostra que o Herdade dos Grous já está em sexto no paladar português, atrás apenas de ícones como Barca Velha e Pera Manca. “Logo na primeira vindima, em 2004, já conquistamos prêmios de melhor vinho pela Expovinis e pela Confraria de Enófilos do Alentejo.”, diz o enólogo Luis Duarte, que não investe [ Leia mais… ]
Vendas Novas, meio caminho entre Lisboa e Évora, o portal da vibração dos vinhos alentejanos. Na Herdade da Ajuda Nova, começam bem: são121 hectares de vinhas, mais de 80% delas reservadas às tintas, especialmente trincadeira, aragonês, castelão, alicante bouschet, syrah e a agora indefectível touriga nacional. Há ainda 12 hectares de vinhas velhas, em que [ Leia mais… ]
Vibrante, cheiroso, intenso, enfim, um vinho guloso, como dizem por lá. É um reserva 2009 que ainda tem muito a revelar das frutas que já mostrou, em corpo elegante, de taninos e acidez que ainda vão longe. Mesmo assim, foi submetido a uma prova especial: pratos consistentes como as burras (bochechas) de porco, a rabada, [ Leia mais… ]
Equilibrado, muito agradável, de aromas maduros de duas uvas que apontam o futuro do Alentejo, na combinação, quase meio a meio, das castas syrah e touriga nacional. Uma, pelos resultados diante dos rigores – calores, solos, secores; outra, pela potência e opulência de uma bandeira nacional, que, tal como na história de Portugal, desceu do [ Leia mais… ]
Um dos vinhos da Herdade da Ajuda no caminho para o topo de gama. Aqui, temos a dupla de ataque da seleção alentejana, arinto e antão vaz, com um toque de verdelho e sustentados com 4 meses de barricas francesa e americana. Minerais, estrutura e frutas tropicais no 2013; há maciez, leveza, jasmins, oréganos, [ Leia mais… ]
O Pêra Manca é um daqueles vinhos estranhos, que desafiam o paladar em cada gole, em cada minuto de evolução, em cada grau de temperatura. E muda de copo pra copo. Há notas eruditas, mas vou ficar com um lado mais lúdico, com muitas lembranças de infância que nada têm com a evolução do paladar, [ Leia mais… ]
Essa joaninha vermelha não está nos rótulos da Quinta da Casa Amarela porque é fofa. É por reconhecimento. Nosso adorável inseto de pelúcia é também um valente instrumento de combate a pragas de vinhas como as do Douro, causando inclusive um curioso efeito de confusão sexual nas traças. Lá, elas garantem não somente a [ Leia mais… ]
Neste ano, no mês de julho, veremos Portugal disputando mais uma de suas muitas copas. Formalidade, já que, em muitos copos, não há disputas. É caso da Casa Fonseca. Poucos rótulos colecionam tantas notas máximas, como os 100 pontos da Wine Spectator, séries dos vintages de portos da vinícola. Mas a festa de suas conquistas [ Leia mais… ]
Ok, Sophia Bergqvist não é um nome de origem portuguesa – convenhamos, na área dos vinhos do porto, poucos o são. Mas o sotaque bem lusitano da proprietária da Quinta de la Rosa mostram a altivez portucalense com que a sua família comanda a vinícola há quase um século. É bem verdade que os seus [ Leia mais… ]
Houve um tempo em que Bucellas era famoso por ser um vinho licoroso e, hoje, quase desaparecido sob a modernidade dos portos, madeiras e moscatéis de Setúbal. Fez fama entre viotrianos e elisabetanos. Mas temos aqui o lado moderno de Portugal – e da nova denominação Lisboa, antiga Estremadura – que mostra a suas faces [ Leia mais… ]
Oficialmente, Tejo é o novo Ribatejo. É lei, desde 2009 dentro de um processo de divisões mais claras aos estrangeiros. Mas entre os produtores, há o Novo Ribatejo, com olho menos às obrigações da denominação e mais na revisão da escolha de castas, nos tipos de plantio, nas fórmulas de vinificação. E nas produções contidas [ Leia mais… ]
A delicadeza vem do sommelier Diego Arrebola, novo arquiteto da carta do Pobre Juan. Por sua idéia e iniciativa, a rede de steak houses lançou um sistema interessante, coerente e, por estar com uma quantidade restrita a rótulos mais nobres, como o Burmester 20 anos, ainda experimental. Mas é um começo. O modelo, as garrafinhas [ Leia mais… ]
Os nove anos do Essência do Vinho, evento criado pelos portugueses Nuno Nuno Botelho e Nuno Guedes Vaz Pires, ganham comemoração com paladar de história: mais uma vez, Portugal descobre o Brasil. O desembarque acontece no Rio de Janeiro, nos próximos dias 2 e 3 de maio, na companhia de mais de uma centena [ Leia mais… ]