Ok, Sophia Bergqvist não é um nome de origem portuguesa – convenhamos, na área dos vinhos do porto, poucos o são. Mas o sotaque bem lusitano da proprietária da Quinta de la Rosa mostram a altivez portucalense com que a sua família comanda a vinícola há quase um século. É bem verdade que os seus primeiros rótulos, que colava pessoalmente em cada garrafa, têm apenas duas décadas. Mas também é verdade que sua marca já é a quinta de um mercado exigente como o de Londres.
A modernidade de seus vinhos é uma das linhas de frente de sua adega, que tem como vizinhos nomes bem conhecidos como as quintas do Vallado e da Romaneira. “A estrutura é o elemento de ligação entre os nossos vinhos desde que começamos a produzi-los”, conta Sophia, que conta com o enólogo Jorge Moreira para fazer com que, a cada ano, possam evoluir a estrutura de guarda de seus rótulos.
Recentemente, ela mesma trouxe ao Brasil a sua linha de vinhos nobres, da Quinta de La Rosa, com rótulos graciosos na aparência, no nariz e na boca, todos eles no catáçogo da importadora Ravin. Em comum aos brancos e aos tintos, a estrutura, de acidez esplêndida, o equilíbrio das notas e a fineza dos taninos e dos indicadores dos bons potenciais de guarda, que confirmam as palavras da crítica Jancis Robinson a respeito não dos portos mas dos vinhos de mesa da região: é a Borgonha portuguesa.