A delicadeza vem do sommelier Diego Arrebola, novo arquiteto da carta do Pobre Juan. Por sua idéia e iniciativa, a rede de steak houses lançou um sistema interessante, coerente e, por estar com uma quantidade restrita a rótulos mais nobres, como o Burmester 20 anos, ainda experimental. Mas é um começo. O modelo, as garrafinhas de doses individuais, que conhecíamos dos frigobares de hotéis e que, graças a Diego, chega agora à clientela para uma modalidade diferente de degustação.
Os portugueses já conhecem bem o sistema e sua origem é simples. Para degustar uma garrafa de porto, o mais indicado é tomar a garrafa inteira, pois o vinho não resistirá o pernoite. Se não há um grupo de amigos para liquidar conteúdo, vale o sistema das grandes casas vinícolas: a caixinha de 4 ou 5 unidades, em madeira, com tampa transparente de acrílico, que serve como um simpático mostruário. E permite que o enófilo tome uma ou duas, ou todas as garrafas com pelo menos duas vantagens de cara: o custo, bem menor do que uma garrafa. E a chance de degustar vários tipos de vinho que a casa tem a oferecer.
Praticamente todas as grandes referências das margens do Douro, como a Taylor, a Kopke ou a Fonseca, da foto, colocam tipos diferentes de vinhos, inclusive algumas novidades e lançamentos que procuram ser mais amigáveis com o público. Ou pouco conhecidas, simplesmente, como no caso da Select e Chip Dry, da Taylor.