O anúncio veio em junho. Mesmo com todas as medalhas e indicação do 50 Best como melhor restaurante da Holanda – e maior do mundo em frutos do mar -, o chef Sergio Herman anunciava o fim de seu restaurante, na erma cidade de Sluis, a três horas de Rotterdam. Me passaria despercebido se a Cristiana Beltrão não tivesse feito um relato tão refinado quanto emocional do restaurante em seu blog (aqui, o post).
Os motivos chegaram com cara de aviso corporativo: “partindo para novos projetos”. Na realidade, não são novos, mas antigos projetos, como o do hotel que mantém próximo ao litoral, de onde vinham iguarias como as da imagem acima. Ou o bar The Jane, em Antuérpia, na Bélgica. Ou, ainda, o Pure C, em Cadzand, no litoral holandês. Mas, enfim, é mais uma grande referência que parte, deixando desconsolos, especialmente para quem não foi.
Mas por trás do estilo blasé de qualquer chef, existe uma alma inquieta, viciada em criação, condicionada pela vanguarda e pronto para o reinício de uma nova receita de sucesso. Espero que essa bobagem que eu falei faça algum sentido e, no fim das contas, tenhamos Sergio de volta.