Não cobrem humildade da fotógrafa Allison Attenborough. Ela se intitula “food visionnaire”, em seu site, onde desfila não somente as imagens que faz para capas ou editoriais das maiores revistas de culinária do mundo, Food & Wine, Bon Appétit e Williams-Sonoma, entre elas, como também a exigência de certas celebridades de que seja ela por trás das câmeras na hora de fazer aquela clássica matéria na cozinha. Sting é só o mais recente deles.
O olho que faz dela a cobiça de qualquer editor, eu inclusive, não é só o estético – é o conceitual, que a leva a fazer imagens como esta aí de cima, em que dá ao mel a sexualidade que ele merece, falseado ou não. Quem me dera ter uma capa dessas. Mas o barato de muitas de suas imagens estouradas em páginas elegantes está no outro lado da foto artística: é a sujeira que um corte deixa, o respingo que um molho nos traz, a bagunça com a qual o picado nos celebra.
Foi uma das primeiras a insistir em fotos de cima pra baixo e em eliminar elementos como rendas passadinhas e copos com groselhas. Vale o ingrediente, com o fundo como composição, no melhor estilo de uma natureza morta de alto nível, com uso de luz natural com muito mais freqüência do que se vê. E não falo nenhuma novidade. Quem já viu uma campanha mundial da Grey Goose, do grupo Marriott (o dos macarons) ou do Dia de Ação de Graças do catálogo da Macy’s entende o que eu digo.
Para babar em todas as gravatas, dê um pulo em alisonattenborough.com
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