Custou, mas o namorado entrou na zona de conforto de quem pede pratos de peixes brancos. É uma lista banal, antes restrita à trinca linguado, badejo e o cherne. Há espécies ainda melhores, que desprezamos, como trilhas, vermelhos, além do robalo e do pargo, que, quando disponível, dão outro padrão a esse integra esse “grand cru” dos peixes.
Não me esqueci do salmão, que, apesar das melhoras nas técnicas chilemas, ainda não chega perto daquele das águas frias do Hemisfério Norte – e que, infelizmente, não chega aqui.
Mas, de volta ao título, o namorado é daqueles peixes em que vale a pena investir: do tipo carnívoro voraz, com uma dieta tão refinada quanto adorável de polvos e lulas. Via de regra, esses peixes têm a carne branca (quase rosada quando crua), delicada e que fazem boa parceria com os temperos, do cru ao forno, em uma versatilidade que o torna cada vez mais freqüente nos cardápios – e, ainda melhor, nas mesas.
Um dado para os patriotas de plantão: namorado, só existe aqui no Brasil.