Adoráveis os rótulos das garrafas de vinhos do porto da Kopke. Ainda conservam aquela antiga aplicação em silk screen. Só se vê lá e em madeiras mais tradicionais. O importante é que estão chegando ao Brasil com essa sua assinatura secular – e abriram a mesa na apresentação oficial de sua importadora, a WineMundi, de Hélio Barros, advogado e freqüentador febril do Vale do Douro. Mais do que apresentação, o brinde após seis meses de dificuldades.
Nosso Kopke chegou em dois formatos, não por coincidência a dupla considerada pelo crítico Hugh Johnson como uma das estrelas da casa. A primeira delas, o rosé, apresentado, bem a propósito, pela diretora da importadora, Paula Brazuna. Não tem o silk, nem o formato original da garrafa, que, modernizada, lembra o de uma colônia. Mas mostrou a sua faceta original: a de aperitivo, simples, com gelo, bem apropriado para as gentilezas da mesa, como o atum e o tamboril das entradinhas do Satyricon.
No fim da refeição, depois da apresentação de outros rótulos da importadora – Casa Amerela, Quinta do Regueiro, Martin Cendoya -, veio o Kopke Tawny 10 Anos. Cor de um âmbar encantador e seu nariz de damascos e amêndoas, boca de figos e fumeiros. Ao todo, são 11 tipos de porto, incluindo os vintages de 1984 e o de 2003 e o Tawny 40 anos, além de diferentes embalagens. “Isso é só o início”, diz Hélio, que vem promovendo degustações da marca há quase dois anos. Isso, aqui. imagina na Kopke…
É o rastro da história que sempre fazem questão (explicável) de contar: a Kopke é a mais antiga das casas do Porto em operação. E com curiosa origam alemã: Christiano e Nicolau Kopke, pai e filho, com interesses na Liga Hanseática e operação em regime de siciplina seguida depois poir outros donos, da Barros & Almeida até a atual, a Sogevinus, responsável também por outros rótulos fundamentais da região, como Cálem e Burmester