Quando alguém te disser que um espumante pode nos deixar alto, pode ser que ele esteja levando a expressão ao pé da letra. Em altitudes como os mil metros de altitude, por exemplo, no momento em que se degusta um copo de Benoit Daridan, um “méthode traditionnelle” do vinhedo que sobrevávamos naquele momento, de balão, na área de Cour Chéverny. Era o La Marigonnerie, de onde vem esse corte de chardonnay e chenin blanc do Val du Loire.
O vôo começou no campo de golfe próximo de Cheverny, na altura de Amboise, a mesma do castelo de François 1er. e onde está enterrado Leonardo da Vinci. A equipe de balonismo do Au Gré-des-Vents nos reservou um balão especial para casais, menor, mas muito mais romântico. De lá, voa-se ao sabor do vento – e da taça de espumante – por mais de 20 quilômetros, para aterrisar no parque do Palácio de Chambord.
É uma beleza que a contingência poderia transformar em paraíso, com direito a piquenique e amor na relva, enquanto o piloto sai à procura dos jipes para nosso resgate, já que a adega do balão poderia estar bem fornida.