Peixaria Moderna é a assinatura dessa casa no chiado, em Lisboa. Vá de táxi, para evitar a procura por uma vaga impossível de carros. E para aproveitar a caminhada, a partir da Baixa, subindo o Chiado, inclusive pela sugestiva Rua do Alecrim. Do lado de for a, o SeaMe parece uma loja de moda praia.
Na porta, o manequim de uma pescadora, bustos desnudos mas elegantes, lenço chique como roupa, é a senha para o lado hype da casa. Na entrada, antes de chegar ao impressionante painel de peixes frescos, passa-se por um lounge e a cabine do DJ, que dá o clima a partir do entardecer.
Já lá dentro, o cardápio é enorme, mas a graça é escolher seu peixe ou seus mariscos a dedo. Nada de bolinhos de bacalhau encharcados de azeite – os portugueses abominam essa prática. Peça as cadelinhas ou suas parentes, as amêijoas. Ou os lingueirões, com as conchas em forma de navalha.
E, claro, as ostras, que podem vir de duas regiões: a do Sado, próximo ao estuário do Tejo, na região de Setúbal, ao sul de Lisboa, por onde passa a corrente marítima que vem do norte. A outra, mais badalada, a de Rias Baixas, no Algarve, extremo sul do país, muito próximo da entrada do Mediterrâneo.
Deliciosas, adocicadas. Ou criações como o sushi de sardinha morna com flor de sal do Sado, no Algarve. Espetacular, com direito a sushiman especialmente dedicado ao traabalho. Do Sado também vem o capítulo lusitanos das ostras frescas, com destaque para essas, da área de Setúbal, do lado de Lisboa. E as de Rias Baixas, no Algarve, extremo sul do país, muito próximo da entrada do Mediterrâneo.
Para o prato principal, quatro pessoas podem dividir um polvo à lagareira. Ou peixes no sal, desesperadamente frescos, como o desconhecido veja ou os badalados cantaril ou o sargo. Dispense a sobremesa e pense que a viagem a Portugal não necessariamente envolve o bacalhau.