Em tempos de Jurassic Park 5, passei um WhattsApp pro Steven Spielberg, que não soube escolher o vinho pro lançamento dos filmes. Ele não me respondeu ainda, mas taí o rótulo do paleontólogo moderno: um Saurus jovem, um malbec da Patagonia, muito diferente do lixo que se encontra da casta por aí, com boca fina, sumarenta, sem aquele traço grosseiro das ervas que tanto se aprecia nas churrascarias mais baratinhas.
Aliás, de tão diferente, nem ia sugerir esse rótulo para acompanhar um grelhado. Pelo contrário, sangüíneo que é algo cru ou um steak tartare – o original, não aquela massa cinzenta que os maitres de hotel brasileiros inventaram. Casou bem com o rosbife de ojo de bife do Tragga, onde experimentei a safra 2014. Curiosamente, a 2013 era ainda mais fresca. Mas, em ambas, em, meio à cor meio rubi, meio sangue, uma leve remissão ao pinot. Até no nariz.
Diferente, como falei. Como o próprio Spielberg sempre foi. Ele é o malbec patagônico do cinema. Beba-o ou deixe-o, todos babam.
Rótulo: Saurus Malbec
Produtor: Familia Schroeder
País: Argentina
Região: Patagônia
Corte: Malbec 100%