Innis & Gunn

[14 maio 2015 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Innis and Gunn: o início nas barricas para um uísque (Foto: Pedro Mello e Souza)

 

Essa história é ótima, contei em uma das minha colunas de maio, no caderno Rio Show, do Globo: um dia, uma respeitável destilaria escocesa teve a ideia de envelhecer uma partida de seu uísque em barris onde já teriam maturado cervejas. O normal seriam os barris simples ou de conhaque, mas o objetivo era dar um novo caráter à bebida, com notas que só os fermentados podem conceder.

 

Encomendaram esses barris a um cervejeiro local, que, por sua vez, já envelhecia seus colarinhos em barris de rum. Resultado, a cerveja ficou ótima, totalmente diferente e, da ideia de se fazer um uísque fora de série, surgiu um produto à parte. A destilaria é a Grant’s e a cerveja, que acaba de chegar ao mercado brasileiro é a Innis & Guns, que já está à venda em pontos como o Farinha Pura.

 

Essa curiosa reviravolta é o extremo de uma tradição que já faz parte da cultura cervejeira – muitas delas como as lambig, as stouts e um dos estilos da moda, a barley wine (uma cerveja, apesar do nome) descansam em barris. Mas mostra também a tendência da busca por madeiras que já tenham sido usados por outras bebidas.

 

Tudo isso chega ao Brasil de suas formas: uma, pelas cervejas importadas, envelhecidas em madeira onde já estiveram o rum e o próprio uísque, o bourbon americano, o jerez, os conhaques franceses e até uma suspeita tequila. A outra, pelas cervejas nacionais, que trazem um paladar bem nosso, o do barril da cachaça.

 

 


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