Muitos restaurantes têm o seu tipo de palmito. Alguns mais doces, como os clássicos juçara, que eram tão comuns nas antigas churrascarias. Ou os de açaí, mais gastronômicos do que aquela lama que a fruta proporciona. Outras, mais amargas, umas menos, como a pupunha, outras mais, como a guariroba dos goianos. No Rio, nenhuma supera essa aí, um clássico gastronômico da cidade, a que o Royal Grill serve com outra instituição, a picanha na brasa, fatiada e grelhada do lado do cliente.
Por ser a carne que mais sai, a picanha é também a mais fresca, junto com o coração de alcatra, Mas não saia disso. Já pedi um corte de filé de costela que cheirava mal de tão podre. Os acompanhamentos são mandatórios: o arroz maluco – e, claro, o palmito, extraído na hora da casca assada, uma moda que a casa lançou, na década de 80, quando ainda era a Rodeio.
Recentemente, o restaurante ganhou novo ambiente, novos espaços e nova decoração. Perdeu alquela referênciade quem entrava, com os ambientes separados por colunas onde ficavam (em algumas, ainda ficam) as grelhas para o preparo à minuta. O projeto é do arquiteto Pedro Paranaguá, que deu ao espaço mais 40 lugares, escaninhos para um total de 500 rótulos na sua adega exposta e um número que não contabilizei de garçons desinteressados.