Não cozinho como um profissional, mas dou minhas cacetadas. Essa é uma delas. Parece simples, mas o ponto, o olho e o pulso para manter o preparado na distância adequada do foto valem tudo.
Me lembra o Sr. Carlos Perico, do Antiquarius, entrevistando “chefs”. Depois de ler seus currículos, recheados de batatas cortadas no Mugaritz e copos lustrosos no El Bulli, ele lança o desafio que, até agora, derrubou todos eles: “faz aí um ovo mexido”.
Não seria contratado, pois faço outras poucas coisas com esse apuro. E, nesse caso, sempre brinco com os amigos: você nunca ouviu falar em ovo mexido. Depois de provar esse aí da foto, há quem concorde. E lancei a fórmula no instagram, com o hero breakfast e a arte do ovo mexido:
- abrir como ovos fritos sobre manteiga não muito quente
- romper e mexer devagar a gema sobre a clara já ligeiramente branca
- controlar o fogo para garantir a textura cremosa
- servir com flor de sale uma rodada do moinho da pimenta-do-reino
- sentir na mesa o primeiro orgasmo do dia.