Aos namorados, fica a dica: brasileiros em Portugal resulta nisso aí, o Apaixonado, um vinho do Douro como deve ser: carinhoso, elegante, sedutor e gostosão. Sério, agora: primeira safra da produção da Ávidos, da ávida e apaixonada insistência de um advogado baiano, Plinio Simões Barbosa, que assumiu uma parcela no Douro Superior, área de vinhos finos e quentes – ou, como o nome sugere, ‘caliente’.
É um vinho elegante, sem as extrações na cor e sem os exageros de pimentões no nariz. Tem uma relação com a fruta original maior do que a que se acostumou a ver e a sentir. Na boca, tem acidez, o que o torna “guloso”, adorável expressão da crítica dos portugueses para o vinho que dá água na boca. De resto, equilíbrio, sem excessos alcoólicos e uma boca cheia, que aceita carnes mais fortes como as do cabrito.
Obrigado, Pedro, pela descrição perfeita e sensível do Apaixonado. O vinho é mesmo tudo isso. Um grande abraço!
Abel Mendes