Sim, sim, um syrah marroquino. E, sim, sim, um tinto de um dos poucos estados ditos islâmicos que avançam. Muito agradável, profundo, elegante, com nariz e boca fresca, sem agressividades e arestas. O dedo é de Alain Graillot, um dos mestres jedis da área de Crozes-Hermitage, que conheceu o vinhedo pedalando numa viagem.
Daí o rótulo alegre, que chama a atenção por ter um segundo ciclista. É Jacques Poulain, dono do Domaine des Ouled Thaleb, no Marrocos, a área que Graillot descobriu, em Zenata, no caminho entre Rabat e Casablanca – é uma região distante de áreas urbanas, de águas intocadas e que os ventos frios daquele trópico do Atlântico mantêm a atmosfera limpa.
Vinho orgânico, em suma, como sempre foi na região. Madeira apenas para aveludar o vinho, sem sobrar na boca e, apesar do calor da denominação, alcool apenas regular, em 13%. Em tempo: na França, país de ciclistas, é comum esse tipo de bicicleta, conhecido entre eles como “tandem”, que batizou – e ilustrou o vinho. Que Alá o proteja – e que a World Wine continue importando.