Bitter artesanal

[17 out 2017 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

T - Copos - Bitter - Orange, New Orleans Cocktail Centro 01

Bitter é um preparado multidisciplinar. É feito com infusão de ervas. Homeopatia também é. Vem em formato de remédio de nariz. A homeopatia também vem. E, tanto na medicina quanto no bar, são aplicados em doses homeopáticas.

 

Relação próxima entre as duas curas estão nesses aí, do bartender Walter Garin, do speakeasy Shake Rio. Cascas, sementes, cravos, canelas e outras gabrielas integram a alquimia dos preparados, saborosos até na ponta da língua – como, aliás, nos ensina a homeopatia. Boa cura para todos.

 

A expressão bitter saltou das alquimias dos boticários para o jargão dos bares em fins do século 17. No reino das bebidas, está em nosso convívio oficial desde 1713, quando foi registrado pela primeira vez como um substantivo, não mais como o adjetivo amargo, nos dicionários britânicos. A partir daí, tornou-se rubrica sob a qual as cartas de bebidas relacionam os destilados de infusões de ervas, cascas, raízes e folhas.

 

Puro, serve como aperitivo e digestivo, com destaque para o Peychauds e o Fernet Branca, na abertura – e o Underberg e o Centerbe, na digestão. Misturado, compõe molhos e coquetéis, como no caso da angostura, uma das almas de um grande old fashioned. E o Martini, a bebida, não o coquetel, .


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