A Tcheca do Botto

[1 jan 2018 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]
Estilo no paladar e na homenagem ao estilo chech pilsner, na Tcheca, de Leonardo Botto (Foto Pedro Mello e Souza)

Estilo no paladar e na homenagem ao estilo “chech pilsner”, na Tcheca, de Leonardo Botto (Foto Pedro Mello e Souza)

Quem esperava alguma explosão radical de criatividade de Leonardo Botto, vai ter de esperar a próxima. Criatividade, sobrou. Mas o radicalismo, ele deixou em cima da pia, para fazer uma das grandes homenagens que um cervejeiro poderia fazer a um estilo, que, se nao é primitivo, é primal: na abertura de sua casa, fez uma pilsen.

 

Cheirosa, densa, refrescante e, coisa rara, persistente, é cerveja com caráter original, malte pilsner também original, mão leve nos lúpulos, manto dourado, como convém. É homenagem ao estilo e também um toque na tecla vintage na qual os americanos já batucam  há algum tempo: o restorno às origens, com o good old lager style.

 

A mais notável das apelações das cervejas origina-se da cidade de Pilsen, na fronteira dos tchecos com a Áustria. Seu sabor ligeiramente amargo, remete menos aos lúpulos e mais à clareza o malte de seus cereais de origem, fez escola gerando produções similares em todo o mundo – o Brasil inclusive.

 

Dentro de toda a história da cerveja, a pilsen é uma variedade relativamente nova –  “apenas” 150 anos desde que foi produzida pela primeira vez.  Inspirou de tal forma a cervejaria alemã, a bávara, principalmente, que, atualmente, é considerada – e rotulada – como um dos sinônimos de ceveja ‘lager’ e um dos seus mais brilhantes representantes.

 

 


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