Uma das antigas histórias sobre a trajetória dos vinhos de Lisboa já apontava o rumo da qualidade do futuro vinho da Estremadura. Dizem autores como Richard Mayson, em seu livro Wines of Portugal, a respeito do sucesso daqueles vinhos em Londres, – na época da presença das tropas dos aliados ingleses, durante a resistência de Portugal ao exército de Napoleão.
Esses vinhos poderiam vir da área de Torres Vedras, norte de Lisboa, um dos fortes da defesa, e de suas cercanias, que forneciam o vinho para as tropas. Ali, muitos produtores de outras áreas do país, aprimoraram sistemas, plantaram novas uvas e refizeram a fama da região, conduzindo normas que autorizam, hoje, mais de 80 castas diferentes.
O reflexo das novas experiências está em rótulos como a Quinta do Pinto Branco (R$ 106,30, na loja A Garrafeira), composto por três uvas portuguesas – arinto, antão vaz e fernão pires – e três francesas – chardonnay, roussanne e sémillon. O resultado, complexidade, aromas, qualidade e a raça dos rótulos da nova denominação dos vinhos de Lisboa.