No dia 24 de maio, o mundo celebra os 25 anos do mítico “Julgamento de Paris”, uma degustação às cegas realizada pelo importador inglês Steven Spurrier, em sua loja em Paris.
De um lado, estavam os vinhos californianos, ainda desconhecidos na época, como o Stag’s Leap, Mayacamas, Ridge Monte Bello, Château Montelena. De outro, medalhões franceses, como o Château Mouton-Rothschild, o Château Haut Brion, Meursault Charmes e os Montrachet – Bâtard e Puligny.
Tintos e brancos, chardonnays e cabernets – claro que os franceses ganhariam. De lavada. Mas, para assombro do planeta, os americanos ganharam em ambas as cores.
A imprensa não tinha dado bola para o convite de Spurrier. E poucos saberiam do resultado se não fosse por um amigo do inglês, George Taber, correspondente da revista Time, que revelou o fenômeno ao mundo em uma matéria curta de apenas 4 parágrafos.
Para alegria geral, o próprio Taber lançou um livro (Judgment of Paris, 2005, 352 páginas, 10 dólares) que narra a ocasião – e conta, como poucos fizeram até hoje, a história do vinho em Napa Valley.
E para ressentimento geral, a última garrafa do campeão entre os brancos, o Château Montelena Chardonnay 1973, foi leiloada pela própria vinícola de Napa Valley e os fundos arrecadados, módicos 11.325 dólares, foram destinados ao fundo de recuperação do Haiti.
Agora, a única garrafa ainda existente só pode ser vista pelo público no Smithsonian Institute, em Washington.
Que máximo! Não conhecia a estória. Adorei.