A imagem do restaurante da Ruca Malen é o próprio reflexo do estado de espírito da equipe da vinícola de Mendoza: instalações de alto nível, investimento em qualidade, aposta na elegância. E alto astral que a turma demonstrou durante os eventos que realizou no Rio (Blason) e em São Paulo (Agussi) para apresentar 7 vinhos de três rótulos distintos, os Ruca Malen, os Kinien e o Don Raul.
Entre os básicos, destaque para o frescor do Chardonnay Reserva 2007 e para a vibração do Petit Verdot Reserva 2008, este de cor muito viva e bem típico desta uva, estrela em ascensão nos cortes bordaleses: cor viva, especiarias, frutas negras e toque vegetal de uma variedade que amadurece menos do que as demais de seu terroir nativo.
Como em todas as vinícolas mais exigentes, a Ruca Malen dedica um rótulo específico para as safras especiais. É o Don Raul, que homenageia o mítico enólogo Raul de la Mota, amigo dos patriarcas da família proprietária, honrado com um vinho estruturado e complexo. No corte, 60% malbec, 30% merlot e 10% de petit verdot, 90% deles envelhecidos em barrica francesa – e com produção restrita a 14 mil garrafas.
O Don Raul é o vinho especial de uma linha idem, a Kinién. “No dialeto mapuche, a expressão significa único, um adjetivo diretamente relacionado ao processo de sua produção”, explicou o enólogo Pablo Cuneo a respeito do malbec 2008 que servia. “O processo de vinificação envolve processos trabalhosos, que incluem de 4 a 6 remuages por dia e envelhecimento em barricas francesas de primeiro, segundo e terceiro uso.
Cabe à importadora Hannover representar os vinhos da Bodega Ruca Malen, um nome novo no cenário do vinho argentino e resultado da reunião de dois nomes franceses, o de Jacques Louis de Montalembert, ex-proprietário da cervejaria Quilmes, e de Jean-Pierre Thibaud, que presidiu a Chandon argentina. Somente as ampliações da propriedade, inaugurada em 1998 e que inclui o restaurante da foto acima, exigiram um investimento de 2 milhões de dólares.