Azeite, mulheres e a memória

[18 nov 2011 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

 

O escritor e tradutor inglês Charles Quest-Ritson é mais do que um apaixonado pelos azeites de oliva. Sua dedicação o levou a ser qualificado como o primeiros degustador britânico da especialidade, segundo os padrões da União Européia, pela Organização Nacional Italiana de Degustadores de Azeite (ONAOO).

 

A paixão se tornou função e ele provou mais de 2 mil azeites de todo o mundo, da Espanha à Nova Zelândia, de Portugal à Itália, passando por países inesperados neste atlas, como Japão e Estados Unidos.

 

O resultado está em Azeite – Guia Ilustrado Zahar (288 páginas, R$49,90), uma pequena enciclopédia sobre o tema, lançado no início de outubro, cobrindo os produtores, as regiões, os tipos de azeitonas e um guia completo de sua degustação.

 

Nesse guia, o autor faz algumas revelações inesperadas: as mulheres têm paladar mais apurado, o pão altera o sabor na degustação – um copo de porto é o mais indicado – e a maçã deve estar sempre presente entre uma prova e outra, para limpar o palato.

 

Além disso, o azeite é tido como um agente eficaz na absorção de cálcio e é um tônico contra a perda de memória.

 

Na lista particular de Quest-Ritson, os italianos predominam entre os preferidos, nessa ordem: a Nobil Drupa Terra di Brisighella (o líder, da Emilia Romagna), o Masseria Caposella (da Puglia, o calcanhar da bota que é o mapa da Itália) e o Antinori Pèppoli (Toscana).

 

Mas há espaço também para os espanhóis Nuñez de Prado Flor (Andaluzia) e Dauro de l’Empordà (Catalunha) e para o francês Château de La Tuilerie Fleur de Goutte, do Languedoc. Ou ainda para o australiano Adelaide Parklands, o grego Mélas Lygourgyo Asklipíou e o português CARM Grande Escolha que, (sorry, periferia) esse escriba vem apontado como um dos melhores que existem desde que o rótulo chegou ao Brasil.

 

 


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