Jun Daiti

Taça de vinho para saquê? A idéia traz à bebida japonesa uma nova forma de liberar aromas, paladares e até o seu crescente potencial para misturas. A sugestão é de Yasmin Yonashiro, sommelière e embaixadora da marca Jun Daiti, nova marca da bebida que a Diageo acaba de lançar no Brasil.

 

Esta variedade de saquê – ou nihon shu (日本酒), como preferem os nipônicos, chegam com uma tripla origem: o Japão, de onde vem o know how, a Califórnia, onde o arroz e a água são ideais, e o Brasil, onde é pasteurizada e ganha a bela garrafa em tom azulado.

 

O arroz usado é do tipo koshi hi kari (コシヒカリ), da família dos glutinosos e próprios para sushis finos – é o mesmo que Tsuyoshi Murakami usa nos preparados do Kinoshita, em São Paulo. Já a água americana é usada pela sua concentração de ferro e manganês.

 

O resultado é uma bebida delicada, que proporciona até drinques com frutas ácidas, que dispensam o sal até mesmo o açúcar – ou outros ingredientes de paladar delicado, como o chá verde e o pepino. E… não, nada do copo quadrado, que os japoneses usam como medidor de grãos. Prefira o pequeno shoko, em cerâmica, ou a taça de vinho branco.

 

Nas considerações finais que fez durante a apresentação da bebida, no Mok Sakebar, no Leblon, Yasmin recomendou que este saquê seja consumido no máximo até dez dias depois de aberto, desde que devidamente tampado. Sua concentração de álcool é semelhante à do vinho, em torno dos 14 graus e está disponível no mercado por preço sugerido de R$19,90.

 

Ao ser servido, toma-se o copo com as duas mãos, e direciona-se à pessoa que serve, tradicionalmente, o patriarca ou o mais idoso da mesa. Aos que experimentam, いただきます (itadakimasu) é o brinde, que deve ser feito com uma ligeira inclinação da cabeça à frente.