Quem souber onde eu posso encontrar um pastrami como o da foto, me avise. Mas atenção, eu me refiro ao corte generoso da carne de textura macia de cor de curado fino, como a da foto, não essa triste salmoura que alguns balcões de frios cortam constrangidos; ou aquela que costumamos encontrar nos supermercados – e que já flagrei muitas vezes azeda.
Foi esse bocado sério que experimentei na década de 90, no Katz Deli, de Nova York. E que hoje, mesmo com inveja injustificável, vejo sendo abocanhado por apresentadores como Andrew Zimmern e Anthony Bourdain, nas reprises de seus programas, que eu, fanático, insisto em assistir – e salivar. Mas eu entendo. Isso é um ícone do slow food, o lado santificado do fast food.
Oficialmente, o pastrami é o peito de boi marinado, defumado e cozido, que se tornou um mítico recheio de sanduíches imensos, estarrecedores, das delicatessen americanas, especialmente as de origem judaica – Katz Deli, um deles. Na Europa, é comum em toda a faixa que cobre a Romênia, os Bálcãs e as regiões montanhosas de Armênia e Geórgia, onde é conhecida como basturma.
A própria palavra popularizada na América tem origem ídiche sobre variação do romeno pastrama. A apelação, hoje integrada ao universo culinário do norte da Itália, exige a cobertura de uma pasta com base de sal e condimentos como alho e pimentas diversas, que lhe imprimem força, e toques como o cravo e a canela, que lhe dão complexidade pelas notas de doçura.
Katz Delicatessen
205 East Houston Street
(212) 254-2246
Metrô: Second Avenue Station (F)
O problema é que aqui no Brasil não existe a tradição de fazer o Pastrami como la nos Estados Unidos. Uma vez vi num programa chamado Man vs. food um lugar tradicional que fazia o pastrami. O apresentadpr pediu um baita sanduíche, como o da foto! e que apresentação!!! fiquei com muita vontade de comer e saí procurando mas o que via por aí não me agradava… que pena, e a vontade continua!! Grande abraço.