Bourbon demais

[21 mar 2011 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Café Bazzar Bourbon Amarelo (Foto de Rogério Resende)

A casa fica perfumada, a boca fica limpa e, até agora, vítima que sou das azias, nada sofri. E senti notas de cardamomo, pele de nozes e chocolate amargo. E um travinho de erva fresca. Pudera. É um café que vem de São Sebastião da Grama, um município de São Paulo que quase não encontro no Google Earth.

 

Vêm dali os grãos do tipo arábica, de nobilíssima casta bourbon amarelo, que a empresária e gourmet Cristiana Beltrão escolheu para lançar o Bazzar Café Bourbon, primeiro café de sua linha de produtos, que inclui molhos salgados e coberturas doces de causar rupturas em famílias – causou na minha.

 

O solo vulcânico e a altitude da fazenda Cachoeira da Grama, em que é produzido justificam as notas do produto, 100% bourbon amarelo, e as características finas que os microclimas imprimem a um grand cru, seja ele um vinho ou um café. Como sugere a denominação, os grãos desse tipo de café são de belo amarelo, em vez do vermelho tradicional.

 

O produto chegou ao mercado em fevereiro e conta com certificação da Brazilian Specials Coffe Association (Associação Brasileira de Cafés Especiais). O selo da BSCA,assegura principalmente que é um café especial (alto padrão de qualidade) e de origem controlada.

 

O bourbon amarelo é denominado a partir da ilha de Bourbon, antigo nome da ilha de Réunion, no Oceano Índico, onde os franceses, que a controlam até hoje, teriam plantado mudas de café do tipo arábica, há exatamente três séculos.

 

 


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