É maldade fazer trocadilho com o rum da Jamaica, em relação à cerveja mais famosa da ilha, a Red Stripe. Dizer que é a “ruim” da Jamaica é um exagero purista, mas tenho minha razões. Uma delas é a expectativa risonha de quem provou no local. Tem seu charme, mas, convenhamos, todo aquele arcabouço rastafari, que segue os produtos inebriantes da nação de Bob Marley, virou fumaça – e, pior, deu uma leve apertada em sua gravata.
É cerveja industrial, do tipo lager e, mesmo com todo o amargor proeminente, tende à família das cervejas americanas de massa – e às mexicanas da moda: pouco corpo, paladar molenga, de frescor incidental (justificativa de quem gosta, estupidamente, das cervejas estupidamente geladas) e sem início ou fim de boca que justificasse a fama – ou os 20 reais que me cobraram no estande da Mr. Beer.
Se Jimmy Cliff fosse vivo, ele e a letra libertária de seu “The harder they come”, isso não aconteceria tão facilmente. Mas, depois que o vimos no palco do Faustão, já não podemos contar com seu comando de Brave Warrior. Mas, vá lá, mesmo não sendo de reggae nights, prometo o de sempre: uma segunda chance.