No Dia do Mestre, lembrei dos meus professores – não muitos, me esqueci da maioria, fiquei na memória com os poucos como os quais aprendi. Um deles, o mais recente, José Luiz Sombra, que me ensinou a escrever rapida e objetivamente, durante o curso de Jornalismo da Faculdade da Cidade. Prazer especial reencontrá-lo, agora profissionalmente, e atendendo a um cliente que me diz respeito: o Festival Sud de France. Há algum tempo ele já faz o trabalho de assessoria aos vinhos do Languedoc.
São vinhos de personalidade marcante como a dele, mas que, sempre como ele, transmitem também aquilo que o Sombra tem no caráter: estrutura, largueza, calor. Sim, caráter é quente. E isso vai me confirmar quem experimentar não somente os vinhos de mesa – tintos e rosés, especialmente. Mas também os fortificados naturais de Maury e aquele que é a maior companhia existente em um copo para o chocolate: o Banyuls.
Não é tarefa fácil, a do Sombra, de encarar uma preferência natural do brasileiro pelos vinhos clássicos de Borgonha e Bordeaux. E pela curiosidade que cresce em torno da Alsácia e do Loire, sem falar, claro, nos champanhes. Mas os vinhos do Sul da França são encantadores, ricos, perfumados por uvas locais como a granache, a carignan, a cinsault e a syrah.
Em restaurantes como o Coccinelle, no Arco do Telles, no Centro do Rio, há cartas e cardápios especiais para esses vinhos, que reuniram, durante o mês de outubro um grupo prestigioso de sommeliers, em torno de uma degustação às cegas, após o lançamento de gala no Sofitel, com direito a um menu especial do Rolland Villard, do Le Pré Catelan, na abertura do evento. O festival termina hoje, mas para os vinhos, relembra-se Churchill: “esse não é o fim; não é sequer o início do fim. Mas é talvez o fim do início”.
O bate papo divertidíssimo de Sombra com outro professor (não meu – ainda), Rogério Rebouças, um dos promotores do evento, está em http://www.jblog.com.br/conexaofrancesa.php Em tempo: minha família é Rebouças. Um brinde a isso.