Esperando o carro no valet parking do Rio Design Leblon, na saída da consulta com meu clínico, lista de exames na mão. Um deles, o que vai definir a gordura do meu fígado. Ou, objetivamente, se meu foie está realmente gras. Para trabalhar bons contrastes para o exame, encostei na vitrine da Cacau Noir, que fica ali, na arapuca, pronto para aplacar, a golpes de chocolates a ansiedade pela demora do carro.
Achei graça nas caveirinhas, com direito a olhinho de chocolate amargo, no melhor estilo dos quitutes mexicanos do Dia de Los Muertos – eles celebram com humor, sem a expiação e o sofrimento agendado do Dia de Finados. E sem essa censura revanchista contra o Halloween anglo-saxônico.
Comprei dois exemplares de sorriso cínico para fazer a foto acima. Uma, minha mãe traçou. A outra, foi meu instrumento de imolação ao sacrifício da degustação.E de potencialização do meu exame. Não é bom, mas é caro para um bombom oco: 10 reais por caveira. De corar qualquer pirata… E, para um Halloween, é mais trick do que treat.