A atriz e cantora Carla Bruni-Sarkozy foi a madrinha de um dos maiores acontecimentos anuais da Borgonha: o grande leilão de vinhos do Hospice de Beaune, que aconteceu ontem, na bela cidade da Côte d’Or. E deu sorte. Ao lado do dublê de ator e vinhateiro Gérard Dépardieu – e daquele marido dela, que prefere uma coca diet a um bom rouge -, a bela dublée de atriz, cantora e ex-primeira dama assistiu os lances chegarem próximos aos números do ano passado: por coisa de 300 mil euros, a arrecadação não superou os 5,4 milhões de euros.
Alguns recordes de preços foram estabelecidos no leilão, conduzido pela casa Christie’s. Segundo a cobertura da revista Decanter, o volume vendido foi bem menor do que o ano passada, reflexo de uma safra também menor. Mas os preços médios individuais, garrafa a garrafa, aumentaram: 12,5% para os tintos e animadores 15,7% para os brancos. Outra marca que chacoalhou o evento, que tem a renda revertida para caridade foi um tonel de 500 litros de premier cru de Beaune, arrematado por 400 mil euros por um executivo da casa Patriarche, Jacques Boisseaux.
A presença de Carla Bruni-Sarkozy é emblemática no evento, já que seu minúsculo marido, ex-presidente da França, chegou a ser ameaçado de morte por ativistas por conta das restrições ao marketing por seu governo, pelo lobby anti-álcool durante seu governo e pelo protecionismo contra os vinhos estrangeiros – especialmente os chilenos, que chegaram a ser depredados nos depósitos de portos como o de Marselha. No fim, as medidas contra o vinho foram relaxadas e algumas entidades chegaram a apoiar as campanhas do falecido presidente.