Pronto, o sonho de se produzir mel dentro de casa sem morrer de choque anafilático após o ataque de bilhões de abelhas zunindo de ódio acaba de ser realizado pela Philips. A multinacional foi uma das vencedoras do RedDot Awards, o oscar do desenho industrial, com a sugestão de uma colmeia artificial, a Urban Beehive, um misto de obra de arte e de redenção pela sustentabilidade, que se fixa na parte de dentro da casa, por uma janela ou parede.
Na parte interna, o belo desenho em forma de gota e uma cobertura cor de mel (claro…) por onde se vê toda a anatomia da colméia e o processo, gota a gota, da produção de mel. A estrutura é montada com telas de textura similar à das colméias comuns, para permitir um ambiente familiar para a construção dos favos.
Do lado de fora, a entrada das abelhas, com vaso acoplado para ser complementado pelas próprias flores, como um incentivo à polinização – a decisão da origem do polen é das abelhas, não da Philips. Mas o efeito é impressionante (bonito ou não, questionável) e interfere no ambiente como uma escultura na parede, com direito ao movimento de uma alegre instalação pós-moderna, talvez a primeira do gênero com alguma ultilidade.
E com direito a um puxador, como esse da mocinha ao lado, que solta a fumaça tão necessária para impedir que as abelhas dominem o mundo durante a limpeza do aparato.
A idéia ainda não chegou ao mercado. Está no campo dos testes e integra uma coleção de desenhos de conceitos futurísticos e sustentáveis da Philips, batizado de Microbial Home Probe e lançado no fim de 2011. Um sistema de pias e aparadores de cozinha, que mantêm os ingredientes em cultura e crescimento contínuos, também faz parte dessa coleção.