Em Barcelona, o jornal La Vanguardia destacou, na edição do domingo passado, a entrevista com o crítico de restaurantes Pepe Barrena, destacando, entre outras mazelas, as suas queixas contra o Guia Michelin: “Nunca foram benevolentes com a Espanha”, disse. A sabatina foi realizada no início de janeiro, quando Barrena lançava o livro Comer en cine, um inventário do que há de gastronomia no cinema – ou o que há de cinema na gastronomia – que pode ser baixado desde já pela Apple Store. Abaixo, destaque para três perguntas da entrevista, que encostariam qualquer crítico na parede:
Você, que fez a introdução do livro de Juan Mari Arzak, pode-se ser crítico gastronômico e amigo de chefs?
Sim. Nesse caso específico, é uma amizade que vem de muitíssimos anos. Mas creio que temos de montar uma barreira diante de si pois, cedo ou tarde, pode-se cair em elogios às vezes injustificados. Tem hora para o elogio e para a crítica. Ultimamente, há muito temor diante de um chef poderoso – e o crítico comete injustiças, por assim dizer. E não deve ser assim: a crítica deve ser feita com total liberdade.
Há medo de se criticar uma grande estrela que todos adoram?
Sim. As pessoas acabam escrevendo continuamente sobre essas estrelas, do quanto são geniais, mas não se faz a crítica de seu restaurante.
Há clientelismo?
Sim, e muito.
A entrevista completa em http://www.lavanguardia.com/ocio/20130109/54358693811/pepe-barrena-comer-cine.html#ixzz2HXdSpuel
Aliás, devo dizer. Acho que na Europa o Michelin manda bem, mas nos EUA não consigo entender as escolhas.