Crua, a carne é rosada e proporciona, na forma do buri (鰤), um das mais delicadas variedades de sushi. Na grelha, a carne torna-se branca, firme e de paladar que segue delicado mas torna-se intenso, especialmente quando o corte é o da bochecha. A explicação para os dois fenômenos é simples: trata-se de um peixe de velocidade, em que a quantidade de sangue – e ferro – nas musculatura do peixe são mais concentrados. É um peixe para conhecedores – quem não o é pode rejeitá-lo pela denominação brasileira.
Na comunidade internacional, é o Seriola dumerili ou o Seriola lalandi. Aqui, é peixe da família do olhete, com o qual é freqüentemente confundido, faz parte de uma família nobre, a dos carangídeos, da qual conhecemos o xaréu, o xarelete e o pampo. As águas internacionais contam com a palmeta (portugueses) e o pompano, que os americanos consideram o peixe do momento.
No Brasil, o olho-de-boi a que nos referimos é uma espécie de bom porte e pode superar o metro de comprimento e doze quilos de peso. Entre alguns exemplares adultos, mais raros, o tamanho pode dobrar, mesmo se à base de uma dieta fina, à base de polvos e lulas. E, o peso, triplicar. Araguaiana, uruguaiana, pitangola e tapireçá são sinônimos comuns em toda a costa brasileira, embora seja comum a todos os litorais do mundo. O consumo é sem culpa: é uma espécie não-ameaçada e sua captura está liberada.