Manto castanho escuro, de boa carbonatação, que mantém a espuma cobrindo a cerveja, senão muito espessa. Nariz lácteo, maltado, achocolatado, que se repete na boca com o amargor que evolui para um chocolate fino. A acidez se inicia na ponta da língua e traz uva preta, carambola e, depois, geléia de fruta preta e alguma ameixa seca. A doçura e a estrutura a tornam ótima opção para acompanhar carnes grelhadas ou ao molhos do tipo madeira. Ou uma sobremesa como a tarte tatin ou baseada em suspiros. Ou ainda no pão de frutas secas, incluindo o figo sugerido no contrarótulo.
Fazia tempo que não experimentava uma cerveja alemã – mais ainda uma tão boa, com corpo, intensidade e persistência que não são tão típicos de Munique. Aqui, não cabe injustiça ou conceitos prévios sobre a região, que, verdade seja dita, vende uma imagem de cervejas leves e fáceis. Talvez, por isso, nem experimentasse nas circunstâncias, um fim de noite de cervejas austeras. Por sugestão do Tom, do Delirium Café, essa se tornou uma delas.
Estilo: Eisenbock, cerveja escura de trigo
Produtor: Schneider & Sohn
País: Alemanha
Local: Munique, Baviera
Álcool: 12%
Talheres: 85-90
Beer Advocate: 84 (Exceptional)
RateBeer: (não testada até a data)
Brejas: 3,8 / 5,0 (amigos)