O amontillado da foto acima é um dos rótulos que Bodega Rey Fernando de Castilla apresentou recentemente. Chegou com seu arsenal de mel, especiarias e frutas secas, para confrontar uma paleta de cordeira duplamente macia, durante a apresentação no Entretapas, em Botafogo. O “plus que parfait” de chocolate teve problemas para superar o último vinho, o Pedro Ximenes, com sua concentração de xarope, mas com os mais finos figos, ameixas e damascos, ainda mais complexos com a evolução para fumeiros e tabacos. Com Fernando Castilla, é permitido fumar.
Antes, finíssimo, igualmente defumado, servido com carpaccio de camarões crus – uma pequena conspiração da natureza, que uniu a suavidade da apresentação do crustáceo com a salinidade da bebida. Na chegada do oloroso, o serviço envolveu dois ícones espanhóis: a pimenta de piquillo e a brandada de bacalhau. Elegância em três passos, confirmadas em nova prova, dessa vez no Bazzar, onde o rótulo integra a carta do Bubble Bar, em novo encontro etéreo, dessa vez com o caldinho de siri. Mas isso é outra história.